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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Reflexão


- Belíssima obra de Jim Warren -









"A vida é o oceano

A tristeza e a felicidade são os ventos

Os pensamentos são as pontas das montanhas, que se
erguem como ilhas

A vida de uma pessoa é o seu veleiro.

Uma pessoa em harmonia
É aquela que sabe usar os ventos
como força para se impulsionar,

usar as ilhas para o seu descanso na sua jornada,
apreciar o balanço das ondas, como elas devem ser,

E ao final da jornada,
abrir um sorriso e dizer:

a viagem valeu!


Uma pessoa em desarmonia

É aquela que sempre transforma os ventos numa tempestade,
Que ignora as ilhas, e as vêem como
obstáculos as suas jornadas,

Que acha que as ondas só podem estar no topo,

Que no fim da jornada apenas conta quantas vezes as ondas
desceram e quantas vezes o barco virou. "

Chao Lung Wen.


Preserve o autor

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Edelweiss









EDELWEISS

Silvana Duboc

E é no início do ano de 1939 que começa a nossa história.

Vivíamos na Áustria, um país coberto por flores, eu, meus pais e meu irmão. Éramos a imagem da família feliz e unida e entre nós reinava a certeza que nada na vida conseguiria nos separar, mas não foi bem assim.

Meu pai era um cirurgião de renome, minha mãe professora, daquelas dedicadas, que lecionava por puro amor aos seus alunos.

Eu tinha então dez anos e meu irmão quinze. Nossos dias e nossas noites eram muito alegres. Meus pais tinham o hábito de nos levarem até a varanda de nossa casa após o jantar para vermos as estrelas e enquanto fazíamos isso, cada um ia contando as coisas boas que haviam acontecido no seu dia. Não que não pudéssemos contar as ruins, mas é que naquela época das nossas vidas só aconteciam coisas boas.
Não me recordo de algum dia ter visto um deles triste.

Depois que contávamos tudo e que admirávamos bastante as estrelas, cantávamos ao som do violão do meu irmão. A primeira música sempre era Edelweiss, linda, sonora, trazia paz aos nossos corações.
Ah! como era bom cantar Edelweiss junto da minha família e debaixo das estrelas, eu tinha a sensação que poderia fazer aquilo a vida toda sem jamais enjoar.

Mas, enfim, o tempo foi passando e veio a guerra e só se ouvia falar em Hitler e eu não entendia bem que homem era aquele, nem o que ele representava e então eu continuava todas as noites olhando para as estrelas junto das pessoas que eu mais amava.

Um dia, um terrível dia de dezembro que jamais esquecerei, tivemos que partir. Me lembro que meu pai veio até nós e nos disse delicadamente:

"Vamos ter que passar algum tempo sem ver as estrelas no céu"

Fomos covardemente arrancados de nossa casa por soldados, fomos levados a um local que viria a ser a nossa nova casa, chamava-se campo de concentração.

Lá, não fomos felizes e lá eu pude ver pela primeira vez o semblante da minha família triste, nem pareciam aquelas pessoas adoráveis que conviviam comigo naquela varanda.

Todas as noites eu dizia à minha mãe que queria ver as estrelas, cantar sob elas e ela me respondia com lágrimas nos olhos que durante um pequeno período a única estrela que eu poderia ver era a que eu trazia pendura no pescoço, de seis pontas, tão linda quanto as que brilhavam no céu.

Acontece que minha mãe se enganou, não foi um período tão curto assim que ficamos por lá e com o tempo foram me levando muito mais coisas além das estrelas do céu, foram me levando tudo.

Levaram-me a estrela do pescoço também, levaram meus pais para um banho do qual eles nunca mais voltaram, levaram meu irmão dentro de um trem que eu nunca soube para onde foi, levaram o meu sorriso, a minha alegria de viver, levaram a minha infância, só não levaram a minha voz e por isso, todas as noites ao deitar, eu fechava os olhos e cantava baixinho Edelweiss e aí eu podia ver as estrelas, o meu pai, a minha mãe, o meu irmão, a varanda da nossa casa....
A minha imaginação eles também não conseguiram levar...

Hoje eu tenho a absoluta certeza que realmente eu nunca teria me cansado de cantar na varanda com a minha família, que eu, de forma alguma, abandonaria o meu país, que minha mãe foi a pessoa mais doce que eu conheci, que meu pai foi a imagem da dignidade, que meu irmão foi o meu grande companheiro e que tocava violão como ninguém.

Hoje eu sei a verdadeira razão das lágrimas de meus pais ao se despedirem de mim apenas porque iriam tomar um banho e o motivo do abraço tão apertado que meu irmão me deu naquela tarde em que foi colocado dentro daquele trem.

Hoje eu sei de tantas coisas que eu não queria saber, sei que os homens podem agir como animais ferozes, sei que raças, credos, religiões, são apenas subterfúgios que o homem usa para deixar o leão que existe dentro deles despertar.

Hoje eu sei que o tempo é poderoso, mas não tão poderoso a ponto de apagar qualquer coisa que tenha sido muito boa ou muito ruim.

Hoje eu sei finalmente, que a saudade é o campo de concentração do coração.

Hoje eu sei que o maior tesouro que existe na vida é a paz.


Copie com amor, conserve o nome do autor.








Edelweiss

Richard Rodgers & Oscar Hammerstein II


Edelweiss, Edelweiss

Every morning you greet me
Toda manhã você me cumprimenta

Small and white, clean and bright
Pequena e branca, clara e brilhante

You look happy to meet me
Você parece feliz por me encontrar

Blossom of snow may you bloom and grow
Floco de neve, que você possa desabrochar e crescer

Bloom and grow forever
Desabrochar e crescer pra sempre

Edelweiss, Edelweiss

Bless my homeland forever
Abençoe a minha terra pra sempre.


sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Quase -






Namaste!


Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.

É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.

Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.

Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.

O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.

De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

(Autoria atribuída a Luís Fernando Veríssimo, mas que ele mesmo diz ser de Sarah Westphal Batista da Silva, em sua coluna do dia 31 de março de 2005 do jornal O Globo)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Quando a gente ama...







A vida precisa do vazio: a lagarta dorme num vazio chamado casulo até se transformar em borboleta. A música precisa de um vazio chamado silêncio para ser ouvida. Um poema precisa do vazio da folha de papel em branco para ser escrito. E as pessoas, para serem belas e amadas, precisam ter um vazio dentro delas. A maioria acha o contrário; pensa que o bom é ser cheio. Essas são as pessoas que se acham cheias de verdades e sabedoria e falam sem parar. São umas chatas quando não são autoritárias. Bonitas são as pessoas que falam pouco e sabem escutar. A essas pessoas é fácil amar. Elas estão cheias de vazio. E é no vazio da distância que vive a saudade...

Rubem Alves


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Escutatória - Rubem Alves








Namaste !


Será que existem pessoas realmente interessadas no que o outro tem pra dizer??
Será que existem pessoas que conseguem "escutar" o que os outros não dizem?

Não há mais o "cativar"...tudo é muito superficial...

Espero sinceramente que as pessoas fechem seus ouvidos e olhos físicos, e, comecem a
ouvir e "enxergar com os olhos do coração"... SER E não TER !!!

Senão, não vejo esperanças para os relacionamentos verdadeiros!




Do brilhante Rubem Alves


Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.
Todo mundo quer aprender a falar… Ninguém quer aprender a ouvir.


Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular.
Escutar é complicado e sutil.

Diz Alberto Caeiro que… Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas.

Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.

Parafraseio o Alberto Caeiro:

Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito.
É preciso também que haja silêncio dentro da alma.

Daí a dificuldade:
A gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor…
Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer.
Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração…

E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.
Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade.
No fundo, somos os mais bonitos…
Pensamentos que ele julgava essenciais.
São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.
Se eu falar logo a seguir… São duas as possibilidades.

Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza.
Na verdade, não ouvi o que você falou.
Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala.
Falo como se você não tivesse falado.

Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo.
É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.
Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.
O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.

E, assim vai a reunião.

Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.

E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.
Eu comecei a ouvir.

Fernando Pessoa conhecia a experiência…
E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras…
No lugar onde não há palavras.
A música acontece no silêncio.
A alma é uma catedral submersa.
No fundo do mar – quem faz mergulho sabe – a boca fica fechada.
Somos todos olhos e ouvidos.
Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia…
Que de tão linda nos faz chorar.

Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio.

Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também.

Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Certezas








Namaste!



Certezas


Não quero alguém que morra de amor por mim…

Só preciso de alguém que viva por mim,

que queira estar junto de mim, me abraçando.



Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,

quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.



Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…

Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu,

em algum momento, fui insubstituível…

E que esse momento será inesquecível..



Só quero que meu sentimento seja valorizado.

Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…

E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.



Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém…

e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos,

que faço falta quando não estou por perto.



Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras,

alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…



Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons

sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente

importa, que é meu sentimento… e não brinque com ele.



E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca

cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.



Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter

forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe…

Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.



Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia,

e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,

talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.



Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas…

Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.



Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder

dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim,

sem ter de me preocupar com terceiros…

Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.



Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…

Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,

que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim…

e que valeu a pena.


Esse texto é atribuído na Internet à Mario Quintana, mas, já vi menção de ser da autora Adriana Britto e acredito nisso!


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Um único momento de beleza e de amor justifica a vida inteira...Rubem Alves







Namaste!

"Amar é ter um pássaro pousado no dedo.
Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar”.


"Cartas de amor são escritas não para dar notícias, não para contar nada, mas para que mãos separadas se toquem ao tocarem a mesma folha de papel."


"Cada momento de alegria, cada instante efêmero de beleza, cada minuto de amor, são razões suficientes para uma vida inteira. A beleza de um único momento vale a pena de todos os sofrimentos."


"As coisas que restam sobrevivem num lugar da alma que se chama saudade. A saudade é o bolso onde a alma guarda aquilo que ela provou e aprovou. Aprovada foram as experiências que deram alegria. O que valeu a pena está destinado à eternidade. A saudade é o rosto da eternidade refletido no rio do tempo. É para isso que necessitamos dos deuses, para que o rio do tempo seja circular"


"Coisas e palavras sangram pela mesma ferida. mas o amor feliz não é ferida. Como poderiam, então dele sangrar palavras? O amor feliz não é para ser transformado em literatura. É para ser desfrutado. O amor feliz não escreve, ele abraça. Se escreve alguma coisa, são cartas de amor."


Meu amor independe do que me fazes. Não cresce do que me dás. Se fosse assim ele flutuaria ao sabor dos teus gestos. Teria razões e explicações. Se um dia teus gestos de amante me faltassem, ele morreria como a flor arrancada da terra.
"Amor é estado de graça e com amor não se paga." Nada mais falso do que o ditado popular que afirma que "amor com amor se paga". O amor não é regido pela lógica das trocas comerciais. Nada te devo. Nada me deves. Como a rosa que floresce porque floresce, eu te amo porque te amo.


"Compreendi que a vida não é uma sonata que, para realizar sua beleza, tem de ser tocada até o fim. Dei-me conta, ao contrário, de que a vida é um album de minissonatas. Cada momento de beleza vivido e amado, por efêmero que seja, é uma experiência completa que está destinada à eternidade.


Um único momento de beleza e de amor justifica a vida inteira"

Rubem Alves

Copie com amor, conserve o nome do autor











segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A menina e o pássaro encantado - Rubem Alves







Namaste!

A menina e o pássaro encantado

Era uma vez uma menina que tinha um pássaro como seu melhor amigo.
Ele era um pássaro diferente de todos os demais: era encantado.
Os pássaros comuns, se a porta da gaiola ficar aberta, vão-se embora para nunca mais voltar. Mas o pássaro da menina voava livre e vinha quando sentia saudades… As suas penas também eram diferentes. Mudavam de cor. Eram sempre pintadas pelas cores dos lugares estranhos e longínquos por onde voava. Certa vez voltou totalmente branco, cauda enorme de plumas fofas como o algodão…

— Menina, eu venho das montanhas frias e cobertas de neve, tudo maravilhosamente branco e puro, brilhando sob a luz da lua, nada se ouvindo a não ser o barulho do vento que faz estalar o gelo que cobre os galhos das árvores. Trouxe, nas minhas penas, um pouco do encanto que vi, como presente para ti…

E, assim, ele começava a cantar as canções e as histórias daquele mundo que a menina nunca vira. Até que ela adormecia, e sonhava que voava nas asas do pássaro.
Outra vez voltou vermelho como o fogo, penacho dourado na cabeça.

— Venho de uma terra queimada pela seca, terra quente e sem água, onde os grandes, os pequenos e os bichos sofrem a tristeza do sol que não se apaga. As minhas penas ficaram como aquele sol, e eu trago as canções tristes daqueles que gostariam de ouvir o barulho das cachoeiras e ver a beleza dos campos verdes.

E de novo começavam as histórias. A menina amava aquele pássaro e podia ouvi-lo sem parar, dia após dia. E o pássaro amava a menina, e por isto voltava sempre.
Mas chegava a hora da tristeza.

— Tenho de ir — dizia.

— Por favor, não vás. Fico tão triste. Terei saudades. E vou chorar…— E a menina fazia beicinho…

— Eu também terei saudades — dizia o pássaro. — Eu também vou chorar. Mas vou contar-te um segredo: as plantas precisam da água, nós precisamos do ar, os peixes precisam dos rios… E o meu encanto precisa da saudade. É aquela tristeza, na espera do regresso, que faz com que as minhas penas fiquem bonitas. Se eu não for, não haverá saudade. Eu deixarei de ser um pássaro encantado. E tu deixarás de me amar.
Assim, ele partiu. A menina, sozinha, chorava à noite de tristeza, imaginando se o pássaro voltaria. E foi numa dessas noites que ela teve uma ideia malvada: “Se eu o prender numa gaiola, ele nunca mais partirá. Será meu para sempre. Não mais terei saudades. E ficarei feliz…”

Com estes pensamentos, comprou uma linda gaiola, de prata, própria para um pássaro que se ama muito. E ficou à espera. Ele chegou finalmente, maravilhoso nas suas novas cores, com histórias diferentes para contar. Cansado da viagem, adormeceu. Foi então que a menina, cuidadosamente, para que ele não acordasse, o prendeu na gaiola, para que ele nunca mais a abandonasse. E adormeceu feliz.

Acordou de madrugada, com um gemido do pássaro…

— Ah! menina… O que é que fizeste? Quebrou-se o encanto. As minhas penas ficarão feias e eu esquecer-me-ei das histórias… Sem a saudade, o amor ir-se-á embora…
A menina não acreditou. Pensou que ele acabaria por se acostumar. Mas não foi isto que aconteceu. O tempo ia passando, e o pássaro ficando diferente. Caíram as plumas e o penacho. Os vermelhos, os verdes e os azuis das penas transformaram-se num cinzento triste. E veio o silêncio: deixou de cantar.

Também a menina se entristeceu. Não, aquele não era o pássaro que ela amava. E de noite ela chorava, pensando naquilo que havia feito ao seu amigo…

Até que não aguentou mais.

Abriu a porta da gaiola.

— Podes ir, pássaro. Volta quando quiseres…

— Obrigado, menina. Tenho de partir. E preciso de partir para que a saudade chegue e eu tenha vontade de voltar. Longe, na saudade, muitas coisas boas começam a crescer dentro de nós. Sempre que ficares com saudade, eu ficarei mais bonito. Sempre que eu ficar com saudade, tu ficarás mais bonita. E enfeitar-te-ás, para me esperar…

E partiu. Voou que voou, para lugares distantes. A menina contava os dias, e a cada dia que passava a saudade crescia.

— Que bom — pensava ela — o meu pássaro está a ficar encantado de novo…
E ela ia ao guarda-roupa, escolher os vestidos, e penteava os cabelos e colocava uma flor na jarra.

— Nunca se sabe. Pode ser que ele volte hoje…

Sem que ela se apercebesse, o mundo inteiro foi ficando encantado, como o pássaro. Porque ele deveria estar a voar de qualquer lado e de qualquer lado haveria de voltar. Ah!

Mundo maravilhoso, que guarda em algum lugar secreto o pássaro encantado que se ama…
E foi assim que ela, cada noite, ia para a cama, triste de saudade, mas feliz com o pensamento: “Quem sabe se ele voltará amanhã….”

E assim dormia e sonhava com a alegria do reencontro.


* * *

Para o adulto que for ler esta história para uma criança:
Esta é uma história sobre a separação: quando duas pessoas que se amam têm de dizer adeus…
Depois do adeus, fica aquele vazio imenso: a saudade.
Tudo se enche com a presença de uma ausência.
Ah! Como seria bom se não houvesse despedidas…
Alguns chegam a pensar em trancar em gaiolas aqueles a quem amam. Para que sejam deles, para sempre… Para que não haja mais partidas…
Poucos sabem, entretanto, que é a saudade que torna encantadas as pessoas. A saudade faz crescer o desejo. E quando o desejo cresce, preparam-se os abraços.
Esta história, eu não a inventei.
Fiquei triste, vendo a tristeza de uma criança que chorava uma despedida… E a história simplesmente apareceu dentro de mim, quase pronta.
Para quê uma história? Quem não compreende pensa que é para divertir. Mas não é isso.
É que elas têm o poder de transfigurar o quotidiano.
Elas chamam as angústias pelos seus nomes e dizem o medo em canções. Com isto, angústias e medos ficam mais mansos.
Claro que são para crianças.
Especialmente aquelas que moram dentro de nós, e têm medo da solidão…

As mais belas histórias de Rubem Alves

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sábado, 17 de outubro de 2009

Os mensageiros da eternidade









Ah...a sensibilidade...tão inerente às almas nobres...

Hoje essa postagem vai para todas as pessoas que fazem de minha vida um oásis de emoções...que colocam minha sensibilidade ao nível máximo aflorando vibrações sentidas na alma...

À vocês, que me trouxeram lágrimas de emoção, luar às minhas noites e sol aos meus dias, o meu mais sincero...OBRIGADA !

Se não fossem tão sensíveis, essas maravilhosas pessoas que compoem meu círculo de amigos...eu nada seria...

Namaste!

Rose




Os Mensageiros da Eternidade
Nós, os sensíveis, temos a luz brilhando dentro de nós.
A nossa sabedoria muitas vezes
pode ser confundida com a loucura por pessoas de mentira...
por aquelas pessoas que vivem presas a um mundo automático.

Nós, os sentimentais, os alquimistas, os arrependidos pelos erros,
os filhos amados que foram deixados pra trás num deserto...
os que têm fé inabalável, os sonhadores.

Os loucos de amor muitas vezes já fomos considerados as ovelhas negras da família...
mas os nossos sentimentos profundos como o mar...
nos transformaram, aos poucos,
em cordeiros mansos que pastam felizes pelos campos verdes...

Dentro de nós ardem paixões interiores
capazes de derreter qualquer geleira.
Nós já morremos incontáveis vezes...
já renascemos outras tantas mais fortes,
mais determinados
em encontrar a nossa felicidade.

Nós, os sensíveis, somos invencíveis pelas lágrimas e...
imbatíveis pelo sorriso...
Muitos de nós, os sensíveis,
carregamos na alma e até nos corpos,
marcas da nossa paixão pela vida.
Do mais fraco ao mais forte, do mais bonito ao mais feio.
Não somos medidos pela nossa formosura ou pela grandeza
do nosso corpo...
mas somos admirados pelo poder do nosso coração,
pela força que emanamos de dentro de nosso olhar.
...e as pessoas de mentira ficam sem entender como nós,
os sensíveis, conseguimos ter tanto poder!

Nós os sensíveis estamos aqui para fazer a diferença.
Ninguém nos conhece pela superfície...
mas pela profundidade de nossos bons pensamentos.
Não somos santos...mas somos anjos.


Não somos perfeitos...
mas é na nossa imperfeição que mostramos nossas maiores virtudes.
Não é pela casca que queremos ser conhecidos.
Queremos um relacionamento íntimo
com tudo e com todos que nos cercam.
Podemos errar...fracassar em quase tudo,
mas jamais fracassaremos como seres humanos.

Somos incompreendidos,
porque muitas vezes não sabemos expressar quem somos de verdade.
Ainda que o nosso corpo envelheça e fique doente...
nada pode tocar o coração de um sensível
senão a mão do Supremo Criador.

Nós, os sensíveis...
mesmo de longe nos juntamos em espírito
num coral para cantar uma canção que curará toda pessoa de mentira.
Por alguns instantes o mundo parará para ouvir o nosso canto,
e se apaziguará por alguns poucos momentos...
E por alguns momentos elas também vão ser sensíveis como nós...
quando perceberem que no rosto do outro
está o espelho de sua própria face.

Nós, os sensíveis, temos o dom de sentir o que os outros sentem...
de traduzir seus pensamentos porque nosso coração capta
o que os outros corações transmitem...
Mas nós somos uma brasa viva
no meio da neve...
ou um oásis o meio do deserto.

Estamos aqui para mostrar aos outros
que a alma existe...
e que a matéria passará.
Mas que temos vida para todo o sempre.
Somos donos da sabedoria universal.
Acreditamos num Deus comum a todos seres humanos.
Num Deus que habita todas as religiões.

Num abraço do sensível está a graça do Universo.
Nós, os sensíveis, somos os
mensageiros da eternidade...

André Aquino



Copie com amor, preserve o nome do autor.
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terça-feira, 13 de outubro de 2009

Les Feuilles Mortes













Namaste!

Les Feuilles Mortes

Música: Joseph Kosma

Letra: Jacques Prevent

Cantando: Ives Montand – 13.outubro.1921
09.novembro .1991


Les Feuilles Mortes


Oh ! je voudrais tant que tu te souviennes
Oh ! Eu queria tanto que você lembrasse
Des jours heureux où nous étions amis.
Dos dias felizes que éramos amigos.
En ce temps-là la vie était plus belle,
Naquele tempo a vida era mais bela,
Et le soleil plus brûlant qu'aujourd'hui.
E o sol mais brilhante que o de hoje.
Les feuilles mortes se ramassent à la pelle.
As folhas mortas se juntam com a pá.
Tu vois, je n'ai pas oublié...
Veja, eu não me esqueci...
Les feuilles mortes se ramassent à la pelle,
As folhas mortas se juntam com a pá,
Les souvenirs et les regrets aussi
As lembranças e os arrependimentos também
Et le vent du nord les emporte
E o vento do norte as trazem
Dans la nuit froide de l'oubli.
Na noite fria do esquecimento.
Tu vois, je n'ai pas oublié
Veja, eu não me esqueci...
La chanson que tu me chantais.
A canção que você me cantava.


[Refrain:]
C'est une chanson qui nous ressemble.
É uma canção que parece conosco.
Toi, tu m'aimais et je t'aimais
Tu que me amava, eu que te amava
Et nous vivions tous deux ensemble,
E nós vivíamos sempre juntos,
Toi qui m'aimais, moi qui t'aimais.
Tu que me amava, eu que te amava.
Mais la vie sépare ceux qui s'aiment,
Mas a vida separa os que se amam,
Tout doucement, sans faire de bruit
Tão docemente, sem qualquer rumor
Et la mer efface sur le sable
E o mar apaga da areia
Les pas des amants désunis.
Os passos dos amantes desunidos.


Les feuilles mortes se ramassent à la pelle,
As folhas mortas se juntam com a pá,
Les souvenirs et les regrets aussi
As lembranças e os arrependimentos também
Mais mon amour silencieux et fidèle
Mas o meu calmo e fiel amor
Sourit toujours et remercie la vie.
Sempre sorri e agradece a vida.
Je t'aimais tant, tu étais si jolie.
Eu te amei tanto, você era tão bela.
Comment veux-tu que je t'oublie ?
Por que você quer que eu te esqueça?
En ce temps-là, la vie était plus belle
Naquele tempo a vida era mais bonita
Et le soleil plus brûlant qu'aujourd'hui.
E o sol mais brilhante que hoje.
Tu étais ma plus douce amie
Você era minha amiga mais doce
Mais je n'ai que faire des regrets
Mas eu não tenho que me arrepender
Et la chanson que tu chantais,
E a música que você cantou,
Toujours, toujours je l'entendrai !
Eu sempre, sempre ouvirei!

[Refrain]



Tradução livre de uma versão em inglês






sábado, 12 de setembro de 2009

Amar bonito...











Namaste!



AMAR BONITO
Arthur da Távola



Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar:

Aprenda a fazer bonito seu amor. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito.

Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito.

Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender...

Tenho visto muito amor por aí.

Amores mesmo: bravios, gigantescos, escomunais,profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva.

Mas esbarram na dificuldade de se tornar bonitos.

Apenas isso: bonitos, belos ou embelezados,tratados com carinho, cuidado e atenção.

Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras.

Aí, esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais, de repente se percebem ameaçados e tão somente porque não sabem ser bonitos: cobram, exigem, rotinizam, descuidam, reclamam,deixam de compreender, necessitam mais do que oferecem, precisam mais do que atendem, enchem-se de razões.

Sim, de razões.

Ter razão é o maior perigo no amor.

Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reivindicar, de exigir justiça, equidade, equiparação, sem atinar que o que está sem razão talvez passe por um momento de sua vida no qual não possa ter razão.

Nem queira!!!

Ter razão é um perigo: em geral, enfeia um amor, pois é invocado com justiça, mas na hora errada.

Amar bonito é saber a hora de ter razão. Ponha a mão na consciência. Você tem certeza de que está fazendo o seu amor bonito?

De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria do encontro,da dor do desencontro a maior beleza possível?

Talvez não. cheio ou cheia de razões, você separa do amor apenas aquilo que é exigido por suas partes necessitadas, quando talvez dele devesse pouco esperar, para valorizar melhor tudo de bom que de vez em quando ele pode trazer.

Quem espera mais do que isso sofre e, sofrendo, deixa de amar bonito.

Sofrendo, deixa de ser alegre, igual, irmão, criança.

E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito.

Não tema o romantismo.

Derrube as cercas da opinião alheia.

Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama.

Saia cantando e olhe alegre.

Recomenda-se: encabulamentos, ser pego em flagrante gostando, não se cansar de olhar e olhar, não atrapalhar a convivência com teorizações,adiar sempre...se possível com beijos

-'aquela conversa importante que precisamos ter', arquivar, se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida.

Para quem ama, toda atenção é sempre pouca.

Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode ser toda a atenção possível.

Quem ama bonito não gasta tempo dessa atenção cobrando a que deixou de ter.

Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres escritores que vemos a vida como criança de nariz encostado na vitrine cheia de brinquedos dos nossos sonhos);

Não teorize sobre o amor, ame. Siga o destino dos sentimentos aqui e agora.

Não tenha medo exatamente de tudo o que você teme, como: a sinceridade, abrir o coração, contar a verdade do tamanho do amor que sente; não dar certo e depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito). Jogue por alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas, atitudes sabiamente eficazes (não é sábio ser sabido): seja apenas você no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele que a vida impede de ser.

Seja você cantando desafinado, todas as manhãs.

Falando besteiras, mas criando sempre.

Gaguejando flores.

Sentindo o coração bater como no tempo de Natal infantil.

Revivendo os caminhos que intuiu em criança.

Sem medo de dizer eu quero, eu estou com vontade.

Deixe o seu amor ser a mais verdadeira expressão de tudo que você é.

Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto.

Não se preocupe mais com ele e suas definições.

Cuide agora da forma.

Cuide da voz. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide de você.

Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz.


Copie com amor, preserve o nome do autor.


quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Amar é dar-se !!




Namaste!


Amar é dar-se!!

Fosse qual fosse o alvo planejado, os morteiros caíram num orfanato dirigido por um grupo missionário num pequeno vilarejo vietnamita. Os missionários e uma ou duas crianças morreram imediatamente, e outras ficaram feridas, inclusive uma garotinha de oito anos.

As pessoas do vilarejo pediram auxílio médico a uma cidade vizinha que tinha contato através do rádio com o exército americano. Finalmente um médico e uma enfermeira da marinha americana chegaram num jipe apenas com as suas maletinhas de médico.

Constataram que a garotinha era quem estava em piores condições. Se algo não fosse feito rapidamente ela poderia morrer por choque e perda de sangue. Era imperativo uma transfusão de sangue, e era preciso um doador que tivesse um tipo sanguíneo compatível. Um exame rápido constatou que nenhum dos dois americanos tinha o tipo sanguíneo apropriado, mas várias crianças que não tinham ficado feridas tinham.

O médico arranhava um pouquinho de vietnamita com inglês e a enfermeira falava um pouco de francês que aprendera na escola secundária. Com essa combinação e por meio de gestos, eles tentaram explicar à jovem e ao assustado grupo de crianças, que a não ser que conseguissem repor o sangue que a garotinha havia perdido ela certamente morreria. Então perguntaram se alguém estava disposto a doar sangue para ajudá-la.

O seu pedido foi recebido com silêncio e olhos arregalados. Depois de uma longa pausa uma mãozinha trêmula levantou-se lentamente, baixou, e depois subiu novamente. "Ah, obrigado," disse a enfermeira em francês.
"Qual é o seu nome?"
"Heng," foi a resposta.
Heng foi posto rapidamente num estrado, o seu braço limpo com álcool e uma agulha inserida na sua veia.

Durante todo esse processo Heng ficou completamente quieto e calado. Passado um momento ele estremeceu com um soluço, cobrindo rapidamente o rosto com a mão que tinha livre. "Está doendo Heng?" perguntou o médico. Heng disse que não, abanando a cabeça, mas depois de alguns momentos deixou escapar outro soluço, e mais uma vez tentou encobrir que estava chorando. Mais uma vez o médico lhe perguntou se estava doendo, e mais uma vez Heng abanou a cabeça negativamente.

Mas agora os soluços ocasionais davam lugar a um choro contínuo e silencioso, os seus olhos estavam cerrados e a sua mão fechada na boca para abafar os seus soluços. A equipe médica estava preocupada. Algo estava obviamente muito errado. Nessa altura chegou uma enfermeira vietnamita para ajudar. Vendo o sofrimento do garoto, ela falou com ele rapidamente em vietnamita, ouviu o que ele tinha a dizer e lhe respondeu com uma voz reconfortante.

Pouco depois, o paciente parou de chorar e olhou para a enfermeira vietnamita com ar de dúvida. Quando ela acenou com a cabeça, um sinal de grande alívio se apoderou de seu semblante. Olhando para cima a enfermeira disse calmamente aos americanos que ele pensava que estava morrendo. Ele tinha entendido mal e pensou que tinham lhe pedido para dar todo o seu sangue para que a garotinha pudesse viver.

"Mas por que ele estaria disposto a fazer isso?" perguntou a enfermeira americana.
A enfermeira vietnamita perguntou ao garoto, que respondeu simplesmente:

"Ela é minha amiga."

"Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a vida pelos seus amigos" (João 15:13).
A.D
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Luz, Paz e Compaixão

Wonderful World

Namaste!
É o amor que dá o sustento à vida...E o amor é Tudo e está em Tudo...basta que enxerguemos Tudo e Todos...Com os olhos do coração...compreensivo e compassivo!!
Rose