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quarta-feira, 10 de junho de 2009

Lenda da Flor de Lótus


Namaste!

Certo dia, num tranqüilo lago solitário, em cuja margem se erguiam frondosas árvores, com perfumadas flores de mil cores, e coalhadas de ninhos, onde aves canoras chilreavam, encontraram-se quatro elementos irmãos: o Fogo, o Ar, a Água e a Terra. Quanto tempo sem nos vermos em nossa nudez primitiva - disse o Fogo cheio de entusiasmo, como é de sua natureza.

É verdade disse o Ar. É um destino bem curioso o nosso. À custa de tanto nos prestarmos para construir formas e mais formas, tornamo-nos escravos de nossa obra e perdemos nossa liberdade.





Não te queixes disse a Água , pois estamos obedecendo à Lei, e é um Divino Prazer servir à Criação. Por outro lado, não perdemos nossa liberdade. Tu corres de um lado para outro, à tua vontade; o irmão Fogo entra e sai por toda parte, servindo à vida e à morte. Eu faço o mesmo. Em todo o caso, sou eu quem deveria me queixar, disse a Terra, pois estou sempre imóvel e, mesmo sem minha vontade, dou voltas e mais voltas, sem descansar no mesmo espaço.

Não entristeçais minha felicidade ao ver-nos tornou a dizer o Fogo, com discussões supérfluas. É melhor festejarmos estes momentos em que nos encontrarmos fora da forma. Regozijemo-nos à sombra destas árvores e à margem deste lago, formado pela nossa união. Todos o aplaudiram e se entregaram ao mais feliz companheirismo.

Cada um contou o que havia feito durante sua longa ausência, as maravilhas que tinham construído e destruído. Cada um se orgulhou de se haver prestado para que a Vida se manifestasse através de formas sempre mais belas e mais perfeitas. E mais se regozijaram, pensando na multidão de vezes que se uniram fragmentariamente para o seu trabalho. Em meio de tão grande alegria, existia uma nuvem: o homem. Ah! Como ele era ingrato.

Haviam-no construído com seus mais perfeitos e puros materiais, e o homem abusava deles, perdendo-os. Tiveram desejo de retirar sua cooperação e privá-lo de realizar suas experiências no plano físico. Porém a nuvem dissipou-se e a alegria voltou a reinar entre os quatro irmãos. Aproximando-se o momento de se separarem, pensaram em deixar uma recordação que perpetuasse, através das idades, a felicidade de seu encontro.


Resolveram criar alguma coisa especial que, composta de fragmentos de cada um deles, harmonicamente combinados, fosse também a expressão de suas diferenças e independência, e servisse de símbolo e exemplo para o homem. Houve muitos projetos que foram abandonados por serem incompletos e insuficientes.

Por fim, refletindo-se no lago, os quatro disseram: E se construíssemos uma planta, cujas raízes estivessem no fundo do lago, a haste na água e as folhas e flores fora dela? A idéia pareceu digna de experiência.

Eu porei as melhores forças de minhas entranhas,disse a Terra, e alimentarei suas raízes.
Eu porei as melhores linfas de meus seios, disse a Água, e farei crescer sua haste.

Eu porei minhas melhores brisas disse o Ar e tonificarei a planta.

Eu porei todo o meu calor, disse o Fogo, para dar às suas corolas as mais formosas cores.

Dito e feito. Os quatro irmãos começaram a sua obra. Fibra sobre fibra foram construídas as raízes, a haste, as folhas e as flores. O sol abençoou-a, e a planta deu entrada na flora regional, saudada como rainha. Quando os quatro elementos se separaram, a Flor de Lótus brilhava no lago em sua beleza imaculada, e servia para o homem como símbolo da pureza e perfeição humana.

Autor Desconhecido


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