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Prática de Ksitigarbha - Situações de Perigo

Namo Budhaya Namo Dharmaya Namo Sanghaya Bodhisattva Ksitigarbha Bodhisattva Ksitigarbha, cuja compaixão, sabedoria e força es...

sábado, 24 de abril de 2010

Mais uma vez...





Mas eu sei que um dia a gente aprende...

Se você quiser alguém em quem confiar...

CONFIE EM SI MESMO

Renato Russo

terça-feira, 30 de março de 2010

FAITH, HOPE AND LOVE - By Rose Colaneri












Faith - Fé


Hope - Esperança

Love - AMOR

Três sentimentos perdidos no mundo atual. Porque tantas mortes, atentados, placas tectônicas se revoltando, a natureza maltratando seus habitantes...nosso lindo planeta azul se acabando literalmente? Porque tantas mortes brutais a todo instante no mundo? O que adianta só nos chocarmos com os noticiários e nada fazermos?

Que hipocrisia é essa em que nós estamos vivendo? Fechando os olhos para o que realmente é importante nesse mundo? Onde está a origem de toda brutalidade ?

Nas famílias...em suas constituições...na falta de RESPEITO. Onde há respeito, há pelo menos uma forma de Amor...Pais que ignoram seus filhos, que desrespeitam seus (suas)companheiros(as)...que vivem somente para a vida material, que ignoram o verdadeiro sentido do viver...que é a alma, os sentimentos puros da ALMA...

É dentro do lar que a raiz da maldade começa...onde filhos crescem sem amor, dedicação, atenção, sem aprender os valores morais, os valores dos sentimentos...isso geram seres vazios, fracos ou até totalmente nulos de amor, onde crescem seres egoístas, materialistas, que conquistam o que querem a qualquer custo, sem DIGNIDADE, sem RESPEITO.

Família - base da estrutura da sociedade...falida nos tempos atuais!!!
Criam-se herdeiros e não filhos
Criam-se seres inanimados, maquinados pela mídia
Criam-se monstros
Monstros que matam, monstros que ferem, que destróem...
Falta AMOR
Falta COMPREENSAO
Dentro das famílias
Falta RESPEITO !

E onde faltam Amor, Compreensao e Respeito
Nunca haverá corações que habitam Faith, Hope and Love - Fé - Esperança e Amor !!

Chega de hipocrisia, cada um deve fazer a sua parte para que um dia o mundo seja mais humano. Se não há amor...não há laços que prendam ninguém...
Se não há respeito, não há união...
Se não há união, não tem pq continuar a caminhar juntos !

Escolhemos nossos caminhos, mas muitas vezes erramos e no êrro aprendemos com muito sofrimento que não vale a pena viver hipócritamente e não contribuir com Amor para o Mundo.

Cada um de nós deve fazer a sua parte
O AMOR e o RESPEITO devem ser sempre a base de uma família para que sejam gerados filhos da PAZ.

O MUNDO NECESSITA URGENTEMENTE DE PAZ

E a Paz só pode existir dentro de um coração cheio de respeito,  compreensão e amor !

Rose Colaneri

NAMASTE!

domingo, 28 de março de 2010

Migalhas






Migalhas

Ora, se é para ir na feira e escolher a fruta,
escolha a melhor!
leve para casa a mais suculenta, mais brilhante, mais doce.
Se é para ir ao açougue, e se o dinheiro dá,
leve a melhor carne,
se pode comprar filet-mignon vai levar “coxão-duro” para o bife?
Vai comprar uma roupa?
Então escolha o melhor tecido, o melhor caimento e por favor:
escolha o número que se ajuste ao seu corpo.

Na hora do perfume, gosto não se discute, cada um com o seu,
mas por favor, não exagere, perfume é complemento, não é banho.
Vai prestar um concurso?
Então primeiro estude, depois faça promessa,
porque eu te garanto, nenhum “santo” ,“vai descer” em você para fazer a sua prova.
Todo mundo quer o melhor da vida!

Mas, poucos sabem o que é “o melhor”.

Nos pedidos que fazem aos céus são infantis,
acham que voltar com tal pessoa é o máximo,
quando poderiam pedir para conhecer alguém
que realmente valha a pena.

Muitos “bacharéis” estão tentando uma vaga de gari na prefeitura do Rio,
tentando roubar a oportunidade de quem precisa ser “gari”.
E pode apostar, “vai chover” promessa para passar no concurso.

Gente desistindo da luta no meio do caminho,
gente topando “qualquer coisa” para “ser feliz”,
dando dízimo da aposentadoria da mãe,
comprando fitinha benzida pelo “sei lá quem”,
e a auto-estima no chão, derrubada, vazia.

É hora de acreditar no seu potencial!

É hora de pedir caviar aos céus,
acreditando que você merece o melhor.

É hora de deixar o vale da lamentação, dos gemidos,
das doenças imaginárias e virar o jogo.

CHEGA!

Chega de sofrer até pelo que não existe!

Só você, criatura divina, pode mudar o seu jogo.
Não tem pastor, santo, anjo, padre abençoado,
nem fita mágica que dê um jeito em quem não quer ter jeito!

Faça a sua parte, desperte, lute!

Caiu? levante!

escorregou? apoie-se!

errou? peça perdão e recomece.

chorou? limpe o rosto e prossiga!

doeu? assopre e siga!

tá sem rumo? Compre um guia.

Amou? que bom, aprendeu o valor do amor.

Não deu certo? comece de novo.

É este o dia certo, para a pessoa certa, na hora certa:
você é a pessoa certa, na hora certa, no dia certo.
O resto é confusão mental.
Por favor, queira ser feliz e lute por esse direito,
a vitória só depende de você,

não aceite migalhas!

Paulo Gaefke

sábado, 13 de março de 2010

A marca










Namaste!


No decorrer de nossa passagem tão breve nesse planeta, muitas pessoas entrarão e sairão de nosso convívio...deixamos nelas nossas marcas e elas nos deixam as suas...
Se agimos pelo coração e com bondade amorosa, nossas marcas deixarão boas lembranças, saudades e bem querer. Resta a cada um saber como agir durante a estada das pessoas em nossas vidas... agir com o coração e pelo coração!  Todo momento é o momento certo de fazer o bem à alguém. O amor é um exercício diário !


Rose



A Marca
Quando eu era criança, bem novinha, meu pai comprou o primeiro telefone da nossa vizinhança. Eu ainda me lembro daquele aparelho preto e brilhante que ficava na cômoda da sala. Eu era muito pequeno para alcançar o telefone, mas ficava ouvindo fascinado enquanto minha mãe falava com alguém.

Então, um dia eu descobri que dentro daquele objeto maravilhoso morava uma pessoa legal. O nome dela era "Uma informação, por favor" e não havia nada que ela não soubesse. "Uma informação, por favor" poderia fornecer qualquer número de telefone e até a hora certa.

Minha primeira experiência pessoal com esse gênio na garrafa veio num dia em que minha mãe estava fora, na casa de um vizinho. Eu estava na garagem mexendo na caixa de ferramentas quando bati em meu dedo com um martelo.
A dor era terrível mas não havia motivo para chorar, uma vez que não tinha ninguém em casa para me oferecer a sua simpatia.

Eu andava pela casa, chupando o dedo dolorido até que pensei:
O telefone!
Rapidamente fui até o porão, peguei uma pequena escada que coloquei em frente à cômoda da sala. Subi na escada, tirei o fone do gancho e segurei contra o ouvido.

Alguém atendeu e eu disse:

"Uma informação, por favor".

Ouvi uns dois ou três cliques e uma voz suave e nítida falou em meu ouvido.

"Informações.“

"Eu machuquei meu dedo...", disse, e as lágrimas vieram facilmente, agora que eu tinha audiência.

"A sua mãe não está em casa?", ela perguntou.

- "Não tem ninguém aqui...", eu soluçava.
"Está sangrando?"

- "Não", respondi. "Eu machuquei o dedo com o martelo, mas tá doendo..."

"Você consegue abrir o congelador?", ela perguntou.

Eu respondi que sim.

- "Então pegue um cubo de gelo e passe no seu dedo", disse a voz.

Depois daquele dia, eu ligava para "Uma informação, por favor" por qualquer motivo.
Ela me ajudou com as minhas dúvidas de geografia e me ensinou onde ficava a Filadélfia. Ela me ajudou com os exercícios de matemática. Ela me ensinou que o pequeno esquilo que eu trouxe do bosque deveria comer nozes e frutinhas.

Então, um dia, Petey, meu canário, morreu. Eu liguei para "Uma informação, por favor" e contei o ocorrido. Ela escutou e começou a falar aquelas coisas que se dizem para uma criança que está crescendo. Mas eu estava inconsolável.
Eu perguntava: "Por que é que os passarinhos cantam tão lindamente e trazem tanta alegria pra gente para, no fim, acabar como um monte de penas no fundo de uma gaiola?"

Ela deve ter compreendido a minha preocupação, porque acrescentou mansamente: "Paul, sempre lembre que existem outros mundos onde a gente pode cantar também..."
De alguma maneira, depois disso eu me senti melhor.

No outro dia, lá estava eu de novo. "Informações.", disse a voz já tão familiar. "Você sabe como se escreve 'exceção'?"

Tudo isso aconteceu na minha cidade natal ao norte do Pacifico.
Quando eu tinha 9 anos, nós nos mudamos para Boston. Eu sentia muita falta da minha amiga. "Uma informação, por favor" pertencia aquele velho aparelho telefônico preto e eu não sentia nenhuma atração pelo nosso novo aparelho telefônico branquinho que ficava na nova cômoda na nova sala.

Conforme eu crescia, as lembranças daquelas conversas infantis nunca saiam da minha memória. Freqüentemente,em momentos de duvida ou perplexidade, eu tentava recuperar o sentimento calmo de segurança que eu tinha naquele tempo.
Hoje eu entendo como ela era paciente, compreensiva e gentil ao perder tempo atendendo as ligações de um menininho.

Alguns anos depois, quando estava indo para a faculdade, meu avião teve uma escala em Seattle. Eu teria mais ou menos meia hora entre os dois vôos. Falei ao telefone com minha irmã, que morava lá, por 15 minutos.
Então, sem nem mesmo sentir que estava fazendo isso, disquei o número da operadora daquela minha cidade natal e pedi:
- "Uma informação, por favor."

Como num milagre, eu ouvi a mesma voz doce e clara que conhecia tão bem, dizendo: "Informações." Eu não tinha planejado isso, mas me peguei perguntando: "Você sabe como se escreve 'exceção'?" Houve uma longa pausa.
Então, veio uma resposta suave: "Eu acho que o seu dedo já melhorou, Paul."
Eu ri. "Então, é você mesma!", eu disse. "Você não imagina como era importante para mim naquele tempo."
- "Eu imagino", ela disse. "E você não sabe o quanto significavam para mim aquelas ligações. Eu não tenho filhos e ficava esperando todos os dias que você ligasse."

Eu contei para ela o quanto pensei nela todos esses anos e perguntei se poderia visitá-la quando fosse encontrar a minha irmã.
- "É claro!", ela respondeu. "Venha até aqui e chame a Sally.“
Três meses depois eu fui a Seattle visitar minha irmã. Quando liguei, uma voz diferente respondeu: "Informações." Eu pedi para chamar a Sally.

"Você é amigo dela?", a voz perguntou.
- "Sou, um velho amigo. O meu nome é Paul."

"Eu sinto muito, mas a Sally estava trabalhando aqui apenas meio período porque estava doente. Infelizmente, ela morreu há cinco semanas.“
Antes que eu pudesse desligar, a voz perguntou:
- "Espere um pouco. Você disse que o seu nome é Paul?
- "Sim.“
- "A Sally deixou uma mensagem para você. Ela escreveu e pediu para eu guardar caso você ligasse. Eu vou ler pra você."

A mensagem dizia:

"Diga à ele que eu ainda acredito que existem outros mundos onde a gente pode cantar também. Ele vai entender."

Eu agradeci e desliguei.
Eu entendi...


NUNCA SUBESTIME A "MARCA" QUE VOCÊ DEIXA NAS PESSOAS
Autor Desconhecido

domingo, 7 de março de 2010

Vai Passar







Vai passar

Vai passar, tu sabes que vai passar.

Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada “impulso vital”.

Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como “estou contente outra vez”. Ou simplesmente “continuo”, porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como “sempre” ou “nunca”.

Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como “não resistirei” por outras mais mansas, como “sei que vai passar”. Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência.

Claro que no começo não terás sono ou dormirás demais. Fumarás muito, também, e talvez até mesmo te permitas tomar alguns desses comprimidos para disfarçar a dor.

Claro que no começo, pouco depois de acordar, olhando à tua volta a paisagem de todo dia, sentirás atravessada não sabes se na garganta ou no peito ou na mente - e não importa - essa coisa que chamarás com cuidado, de “uma ausência”.

E haverá momentos em que esse osso duro se transformará numa espécie de coroa de arame farpado sobre tua cabeça, em garras, ratoeira e tenazes no teu coração. Atravessarás o dia fazendo coisas como tirar a poeira de livros antigos e velhos discos, como se não houvesse nada mais importante a fazer. E caminharás devagar pela casa, molhando as plantas e abrindo janelas para que sopre esse vento que deve levar embora memórias e cansaços.

Contarás nos dedos os dias que faltam para que termine o ano, não são muitos, pensarás com alívio. E morbidamente talvez enumeres todas as vezes que a loucura, a morte, a fome, a doença, a violência e o desespero roçaram teus ombros e os de teus amigos. Serão tantas que desistirás de contar. Então fingirás - aplicadamente, fingirás acreditar que no próximo ano tudo será diferente, que as coisas sempre se renovam.

Embora saibas que há perdas realmente irreparáveis e que um braço amputado jamais se reconstituirá sozinho. Achando graça, pensarás com inveja na largatixa, regenerando sua própria cauda cortada. Mas no espelho cru, os teus olhos já não acham graça.

Tão longe ficou o tempo, esse, e pensarás, no tempo, naquele, e sentirás uma vontade absurda de tomar atitudes como voltar para a casa de teus avós ou teus pais ou tomar um trem para um lugar desconhecido ou telefonar para um número qualquer (e contar, contar, contar) ou escrever uma carta tão desesperada que alguém se compadeça de ti e corra a te socorrer com chás e bolos, ajeitando as cobertas à tua volta e limpando o suor frio de tua testa.

Já não é tempo de desesperos. Refreias quase seguro as vontades impossíveis. Depois repetes, muitas vezes, como quem masca, ruminas uma frase escrita faz algum tempo. Qualquer coisa assim:

- … mastiga a ameixa frouxa. Mastiga , mastiga, mastiga: inventa o gosto insípido na boca seca

Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Reflexão


- Belíssima obra de Jim Warren -









"A vida é o oceano

A tristeza e a felicidade são os ventos

Os pensamentos são as pontas das montanhas, que se
erguem como ilhas

A vida de uma pessoa é o seu veleiro.

Uma pessoa em harmonia
É aquela que sabe usar os ventos
como força para se impulsionar,

usar as ilhas para o seu descanso na sua jornada,
apreciar o balanço das ondas, como elas devem ser,

E ao final da jornada,
abrir um sorriso e dizer:

a viagem valeu!


Uma pessoa em desarmonia

É aquela que sempre transforma os ventos numa tempestade,
Que ignora as ilhas, e as vêem como
obstáculos as suas jornadas,

Que acha que as ondas só podem estar no topo,

Que no fim da jornada apenas conta quantas vezes as ondas
desceram e quantas vezes o barco virou. "

Chao Lung Wen.


Preserve o autor

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O despertador está tocando







Namaste!



O Despertador está Tocando

que tal acordar e prestar atenção em você mesmo!!!

Na Índia, os mestres sempre dizem:
os problemas são despertadores que tentam acordar as pessoas para a vida.

Aproveite para acordar logo, antes que o próximo despertador faça mais barulho.

Pense nisso:
o que essa dificuldade está querendo mostrar a você?

Problemas são avisos que a vida nos envia para corrigir algo que não estamos fazendo bem.
Problemas e doenças são sinais de emergência para que possamos transformar nossas vidas.

Aliás, problemas e doenças guardam muita semelhança entre si. Infelizmente, a maioria das pessoas, quando fica doente, cai num lamentável estado de prostração ou simplesmente toma remédio para tratar os sintomas em vez de fazer uma pausa para refletir sobre os avisos que essa doença está enviando.

São poucos os que se perguntam:
"Por que meu organismo ficou enfraquecido e permitiu que a doença o atacasse?"

Uma doença é sempre um aviso, embora muita gente não preste atenção nele.
Assim como os problemas, os sintomas vão piorando na tentativa de fazer com que você
entenda o recado.

No começo pode ser uma leve dor de cabeça, um recado para que você pare e analise o que está faltando em sua vida.
Mas você não tem tempo, toma um analgésico e nem percebe direito que a dor está aumentando.

Então, a dor piora, mas você vai à acupuntura para aliviá-la e não presta atenção quando o médico diz que o tratamento é paliativo e que você precisa mudar seu estilo de vida para eliminar as causas da doença.

As doenças são recados que precisamos levar a sério, principalmente as doenças que se repetem.

Dores de cabeça,
alergias de pele,
má digestão,
todos esses distúrbios querem nos mostrar algo.
Saber procurar e achar as causas deles é uma atitude muito sábia.

Nossos inimigos, da mesma forma que os problemas e as doenças, são gritos de alerta para cuidarmos de algo que não está certo em nossa vida.

Quando os ouvimos com atenção, nossos inimigos podem se transformar em maravilhosas alavancas de crescimento pessoal.

Assim como as doenças e os inimigos, os problemas nos enviam avisos que precisamos aprender a decodificar.

Se você tem um problema que está se repetindo em sua vida, é chegada a hora de fazer
uma análise do seu significado para poder superá-lo.

E tenha muito claro que, no momento em que supera um problema que o acompanha
por algum tempo, uma nova pessoa nasce dentro de você.

Roberto Shinyashiki


Copie com amor, conserve o nome do autor.

Muitos tentam...poucos conseguem! real sem hipocrisia

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Edelweiss









EDELWEISS

Silvana Duboc

E é no início do ano de 1939 que começa a nossa história.

Vivíamos na Áustria, um país coberto por flores, eu, meus pais e meu irmão. Éramos a imagem da família feliz e unida e entre nós reinava a certeza que nada na vida conseguiria nos separar, mas não foi bem assim.

Meu pai era um cirurgião de renome, minha mãe professora, daquelas dedicadas, que lecionava por puro amor aos seus alunos.

Eu tinha então dez anos e meu irmão quinze. Nossos dias e nossas noites eram muito alegres. Meus pais tinham o hábito de nos levarem até a varanda de nossa casa após o jantar para vermos as estrelas e enquanto fazíamos isso, cada um ia contando as coisas boas que haviam acontecido no seu dia. Não que não pudéssemos contar as ruins, mas é que naquela época das nossas vidas só aconteciam coisas boas.
Não me recordo de algum dia ter visto um deles triste.

Depois que contávamos tudo e que admirávamos bastante as estrelas, cantávamos ao som do violão do meu irmão. A primeira música sempre era Edelweiss, linda, sonora, trazia paz aos nossos corações.
Ah! como era bom cantar Edelweiss junto da minha família e debaixo das estrelas, eu tinha a sensação que poderia fazer aquilo a vida toda sem jamais enjoar.

Mas, enfim, o tempo foi passando e veio a guerra e só se ouvia falar em Hitler e eu não entendia bem que homem era aquele, nem o que ele representava e então eu continuava todas as noites olhando para as estrelas junto das pessoas que eu mais amava.

Um dia, um terrível dia de dezembro que jamais esquecerei, tivemos que partir. Me lembro que meu pai veio até nós e nos disse delicadamente:

"Vamos ter que passar algum tempo sem ver as estrelas no céu"

Fomos covardemente arrancados de nossa casa por soldados, fomos levados a um local que viria a ser a nossa nova casa, chamava-se campo de concentração.

Lá, não fomos felizes e lá eu pude ver pela primeira vez o semblante da minha família triste, nem pareciam aquelas pessoas adoráveis que conviviam comigo naquela varanda.

Todas as noites eu dizia à minha mãe que queria ver as estrelas, cantar sob elas e ela me respondia com lágrimas nos olhos que durante um pequeno período a única estrela que eu poderia ver era a que eu trazia pendura no pescoço, de seis pontas, tão linda quanto as que brilhavam no céu.

Acontece que minha mãe se enganou, não foi um período tão curto assim que ficamos por lá e com o tempo foram me levando muito mais coisas além das estrelas do céu, foram me levando tudo.

Levaram-me a estrela do pescoço também, levaram meus pais para um banho do qual eles nunca mais voltaram, levaram meu irmão dentro de um trem que eu nunca soube para onde foi, levaram o meu sorriso, a minha alegria de viver, levaram a minha infância, só não levaram a minha voz e por isso, todas as noites ao deitar, eu fechava os olhos e cantava baixinho Edelweiss e aí eu podia ver as estrelas, o meu pai, a minha mãe, o meu irmão, a varanda da nossa casa....
A minha imaginação eles também não conseguiram levar...

Hoje eu tenho a absoluta certeza que realmente eu nunca teria me cansado de cantar na varanda com a minha família, que eu, de forma alguma, abandonaria o meu país, que minha mãe foi a pessoa mais doce que eu conheci, que meu pai foi a imagem da dignidade, que meu irmão foi o meu grande companheiro e que tocava violão como ninguém.

Hoje eu sei a verdadeira razão das lágrimas de meus pais ao se despedirem de mim apenas porque iriam tomar um banho e o motivo do abraço tão apertado que meu irmão me deu naquela tarde em que foi colocado dentro daquele trem.

Hoje eu sei de tantas coisas que eu não queria saber, sei que os homens podem agir como animais ferozes, sei que raças, credos, religiões, são apenas subterfúgios que o homem usa para deixar o leão que existe dentro deles despertar.

Hoje eu sei que o tempo é poderoso, mas não tão poderoso a ponto de apagar qualquer coisa que tenha sido muito boa ou muito ruim.

Hoje eu sei finalmente, que a saudade é o campo de concentração do coração.

Hoje eu sei que o maior tesouro que existe na vida é a paz.


Copie com amor, conserve o nome do autor.








Edelweiss

Richard Rodgers & Oscar Hammerstein II


Edelweiss, Edelweiss

Every morning you greet me
Toda manhã você me cumprimenta

Small and white, clean and bright
Pequena e branca, clara e brilhante

You look happy to meet me
Você parece feliz por me encontrar

Blossom of snow may you bloom and grow
Floco de neve, que você possa desabrochar e crescer

Bloom and grow forever
Desabrochar e crescer pra sempre

Edelweiss, Edelweiss

Bless my homeland forever
Abençoe a minha terra pra sempre.