"Talvez eu seja um pouco de tudo que já li. Um pouco de tudo que meu olhar já aprendeu do mundo. Um pouco das belas músicas, um pouco daqueles que me são queridos, um pouco de múltiplos sentimentos e algumas fraquezas. Talvez eu seja um pouco do que você deixou em mim, mas em essência, o muito da minha essência...
É algo delicado e misterioso…”
*Rubem Alves*
Perderia sua canção se fossem tiradas as pedras do seu caminho...
São os obstáculos que fazem suas águas prosseguirem.
Nenhuma rocha, por mais resistente que seja, é capaz de deter a água.
Ela tem sabedoria para contorná-la e seguir em frente, com a força da suavidade...
Nada é mais suave e nada é mais forte do que a água, caminha firme e lentamente, sabedora de que tem o mesmo destino do homem: seguir em frente.
Assim também é a nossa vida. Os obstáculos existem para nos fazer caminhar cada vez mais firmes, mais determinados, totalmente entregues, confiantes na existência.
Fé é rendição.
Portanto, quando o sofrimento bater à sua porta, não lamente nem se inquiete, seja apenas testemunha da dor.
Sinta-se um privilegiado porque é das batalhas que surge a alma.
Diante de qualquer problema que lhe pareça sem solução, tome uma atitude inteligente, a seu favor:
Respire...
Quando menos uma pessoa merecer o seu amor, é quando ela mais necessita dele.
Perdoe, perdoe quantas vezes forem necessárias, liberte seu coração do ressentimento, abra-se para novas emoções Seja flexível como as flores, como as borboletas... experimente todos os perfumes.
Estenda a mão, ofereça a sua compreensão, o seu amor.
Viemos a este planeta para aprender a amar. Apenas isso.
Então ame!
Pouco ou muito, não importa.
Importante é amar sempre.
Só o amor realiza a mágica de se multiplicar quando é dividido.
Certo dia, num tranqüilo lago solitário, em cuja margem se erguiam frondosas árvores, com perfumadas flores de mil cores, e coalhadas de ninhos, onde aves canoras chilreavam, encontraram-se quatro elementos irmãos: o Fogo, o Ar, a Água e a Terra. Quanto tempo sem nos vermos em nossa nudez primitiva - disse o Fogo cheio de entusiasmo, como é de sua natureza.
É verdade disse o Ar. É um destino bem curioso o nosso. À custa de tanto nos prestarmos para construir formas e mais formas, tornamo-nos escravos de nossa obra e perdemos nossa liberdade.
Não te queixes disse a Água , pois estamos obedecendo à Lei, e é um Divino Prazer servir à Criação. Por outro lado, não perdemos nossa liberdade. Tu corres de um lado para outro, à tua vontade; o irmão Fogo entra e sai por toda parte, servindo à vida e à morte. Eu faço o mesmo. Em todo o caso, sou eu quem deveria me queixar, disse a Terra, pois estou sempre imóvel e, mesmo sem minha vontade, dou voltas e mais voltas, sem descansar no mesmo espaço.
Não entristeçais minha felicidade ao ver-nos tornou a dizer o Fogo, com discussões supérfluas. É melhor festejarmos estes momentos em que nos encontrarmos fora da forma. Regozijemo-nos à sombra destas árvores e à margem deste lago, formado pela nossa união. Todos o aplaudiram e se entregaram ao mais feliz companheirismo.
Cada um contou o que havia feito durante sua longa ausência, as maravilhas que tinham construído e destruído. Cada um se orgulhou de se haver prestado para que a Vida se manifestasse através de formas sempre mais belas e mais perfeitas. E mais se regozijaram, pensando na multidão de vezes que se uniram fragmentariamente para o seu trabalho. Em meio de tão grande alegria, existia uma nuvem: o homem. Ah! Como ele era ingrato.
Haviam-no construído com seus mais perfeitos e puros materiais, e o homem abusava deles, perdendo-os. Tiveram desejo de retirar sua cooperação e privá-lo de realizar suas experiências no plano físico. Porém a nuvem dissipou-se e a alegria voltou a reinar entre os quatro irmãos. Aproximando-se o momento de se separarem, pensaram em deixar uma recordação que perpetuasse, através das idades, a felicidade de seu encontro.
Resolveram criar alguma coisa especial que, composta de fragmentos de cada um deles, harmonicamente combinados, fosse também a expressão de suas diferenças e independência, e servisse de símbolo e exemplo para o homem. Houve muitos projetos que foram abandonados por serem incompletos e insuficientes.
Por fim, refletindo-se no lago, os quatro disseram: E se construíssemos uma planta, cujas raízes estivessem no fundo do lago, a haste na água e as folhas e flores fora dela? A idéia pareceu digna de experiência.
Eu porei as melhores forças de minhas entranhas,disse a Terra, e alimentarei suas raízes.
Eu porei as melhores linfas de meus seios, disse a Água, e farei crescer sua haste.
Eu porei minhas melhores brisas disse o Ar e tonificarei a planta.
Eu porei todo o meu calor, disse o Fogo, para dar às suas corolas as mais formosas cores.
Dito e feito. Os quatro irmãos começaram a sua obra. Fibra sobre fibra foram construídas as raízes, a haste, as folhas e as flores. O sol abençoou-a, e a planta deu entrada na flora regional, saudada como rainha. Quando os quatro elementos se separaram, a Flor de Lótus brilhava no lago em sua beleza imaculada, e servia para o homem como símbolo da pureza e perfeição humana.
O Vento Que Sopra Pelas Flores Uma História Tibetana De Cura pela Compaixão Lee Paton
Há vários anos atrás, em Seattle, Washington, vivia um refugiado tibetano de 52 anos de idade. “Tenzin”, é como vou chamá-lo, foi diagnosticado como portador de uma forma de linfoma. Ele foi internado em um hospital e recebeu a primeira dose de quimioterapia. Mas durante o tratamento, este homem normalmente gentil tornou-se agressivo e irritado; arrancou a agulha intravenosa de seu braço e negou-se a cooperar.
Ele então gritou com as enfermeiras e discutiu com todos ao seu redor. Os médicos e enfermeiros ficaram desconcertados.Depois, a esposa de Tenzin falou com o pessoal do hospital. Ela contou que Tenzin foi um prisioneiro político dos chineses por 17 anos. Eles mataram sua primeira esposa e ele foi repetidamente torturado e brutalizado durante todo o tempo em que esteve preso.
As normas e regulamentos do hospital, juntamente com a quimioterapia, fez Tenzin recordar todo o sofrimento que passou nas mãos dos chineses.“Eu sei que vocês querem ajudá-lo,” ela disse, “mas ele se sente torturado pelo tratamento. Eles fazem com que ele sinta ódio internamente – da mesma maneira que os chineses fizeram ele se sentir. Ele prefere morrer do que viver com o ódio que ele está sentindo agora. E, segundo nossas crenças, é muito ruim ter tamanho ódio no coração na hora da morte. Ele precisa estar apto para rezar e limpar seu coração.”
Assim, o médico dispensou Tenzin e recomendou uma equipe da clínica de repouso para visitá-lo em casa. Eu era a enfermeira encarregada de cuidar dele. Eu entrei em contato com um representante da “Anistia Internacional” para pedir-lhe conselhos. Ele me disse que a única forma de sanar o trauma da tortura era “falar a respeito”. “Essa pessoa perdeu sua confiança na humanidade e sente que a esperança é impossível.” Mas quando eu encorajei Tenzin a falar sobre suas experiências, ele ergueu suas mãos e me fez parar. Ele disse, “Eu preciso aprender a amar de novo se eu quiser curar minha alma. Sua tarefa não é fazer perguntas. Sua tarefa é me ensinar a amar novamente.”
Respirei profundamente e perguntei, “E como eu posso fazê-lo amar de novo?” Tenzin respondeu prontamente, “Sente-se, tome meu chá e coma meus biscoitos.” O chá tibetano é um chá preto forte, coberto com manteiga de iaque e sal. Não é fácil de bebê-lo! Mas, foi oque eu fiz. Por várias semanas, Tenzin, sua mulher e eu nos sentamos juntos e tomamos chá.
Nós também conversamos com os médicos para achar formas de tratar suas dores físicas. Mas era sua dor espiritual que deveria ser diminuída. Cada vez que eu chegava, via Tenzin sentado de pernas cruzadas em sua cama, recitando preces de seus livros. Com o passar do tempo, sua mulher foi pendurando mais e mais ‘thankas’, badeirolas budistas coloridas, nas paredes. Em pouco tempo, o quarto parecia um colorido templo religioso.
Na chegada da primavera, eu perguntei o que os tibetanos faziam quando estavam doentes na primavera. Ele abriu um grande sorriso e disse, “Nós nos sentamos e aspiramos o vento que sopra pelas flores.” Eu pensei que ele estava falando poeticamente, mas suas palavras eram literais. Ele explicou que os tibetanos fazem isso para serem pulverizados com o pólen das novas floradas, carregadas pela brisa. Eles acreditam que esse pólen é um potente medicamento.
No primeiro momento, achar muitas floradas parecia um pouco difícil. Mas, um amigo sugeriu que Tenzin visitasse algumas floriculturas locais. Eu liguei para o gerente de uma floricultura e expliquei-lhe a situação. Sua reação inicial foi “Você quer o que???” Mas quando eu expliquei melhor o meu pedido, ele concordou.
Então, no final-de-semana seguinte, eu busquei Tenzin, sua esposa e suas provisões para a tarde: chá preto, manteiga, sal, xícaras, biscoitos, almofadas e livros de preces. Eu os deixei na floricultura e combinei de pegá-los às 17 horas. No outro final de semana, visitamos uma outra floricultura. E mais outra no terceiro fim-de-semana.
Na quarta semana, eu comecei a receber convites das floriculturas para Tenzin e sua mulher para voltarem novamente. Um dos gerentes disse, “Nós temos uma nova remessa de nicotianas e lindas fuchsias…ah, sim! E temos belas dafnes. Eu sei que eles vão adorar o perfume das dafnes E eu quase me esqueci! Temos uns novos bancos de jardim que Tenzin e sua esposa vão adorar!”
No mesmo dia, outra floricultura ligou dizendo que eles tinham recebido birutas coloridas para Tenzin saber de que direção o vento estava soprando. Logo, as floriculturas estavam competindo pelas visitas de Tenzin. As pessoas começaram a se importar com o casal tibetano.
Os empregados arrumavam os móveis de frente para o vento. Outros traziam água quente para o chá. Alguns fregueses regulares deixavam seus carrinhos de compras próximos do casal. E no final do verão, Tenzin voltou ao seu médico para novos exames e determinar o desenvolvimento da doença. Mas o doutor não achou nenhuma evidência de câncer. Ele estava abobalhado; disse à Tenzin que ele simplesmente não sabia explicar aquilo.
Tenzin levantou seu dedo e disse, “Eu sei porque o câncer se foi. Ele não podia mais viver num corpo tão cheio de amor. Quando eu comecei a sentir a compaixão das pessoas da clínica, dos empregados das floriculturas, e todas essas pessoas que queriam saber de mim, eu comecei a mudar por dentro. Agora, eu me sinto afortunado por ter a oportunidade de ser curado dessa forma. Doutor, por favor, não acredite que a sua medicina é a única cura.
Às vezes, a compaixão pode também curar um câncer.”
Lee Paton
Temos sempre algo a oferecer àqueles que muito necessitam...
Nunca saberemos nosso momento de partida ou das outras pessoas,
o importante é fazer agora... e sentir no coração não o dever cumprido mas sim que as acoes foram totalmente realizadas pelo amor ...
Copie com amor, preserve o nome do autor. Leis dos direitos autorais 9610/98 violá-la é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal Brasileiro
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Namaste!
FERIDAS ABERTAS
Josué de Castro nasceu no Recife,no ano de 1908.Formado em Medicina,dedicou todas as suas energias em prol da construção de um mundo livre da mais cruel e aviltante calamidade social: A Fome. Condenou com veemência a conspiração de silêncio que, na mídia, nas academias, e nos parlamentos, teimava em não abordar a questão da fome no país.
A inserção da temática da fome no panorama político, científico e moral no Brasil deve-se aos seus incansáveis esforços. A seu respeito, afirmou Darcy Ribeiro:“Josué é uma das pessoas que eu mais admiro. Eu digo mesmo que Josué é o homem mais inteligente e mais brilhante que eu conheci..." Travou a sua batalha pela erradicação da fome desde o começo dos anos 30 até a década de 70,vindo a falecer em 1973.
Entregou sua existência efêmera de sessenta e cinco anos de vida a uma das causas mais nobres, - a promoção da dignidade humana. Pela enorme consideração e cuidado que sempre manifestou pelos pobres,o médico pernambucano é lembrado hoje como o profeta dos excluídos.
Em setembro de 2008 comemorou-se o centenário de nascimento de Josué de Castro. Josué Apolônio de Castro - 05.09.1908 – 24.09.1973. Influente médico, professor, sociólogo, escritor, intelectual, humanista, ativista brasileiro, nordestino, humano
Para marcar o centenário de seu nascimento, o “Jornal do Comercio”, do Recife, veiculou um caderno especial chamado “Feridas Abertas da Fome.” A reportagem seguiu os caminhos da fome baseando-se em estudos e mapas elaborados, há cinqüenta anos, pelo médico e geógrafo Josué de Castro.Uma equipe formada pelo fotógrafo Arnaldo Carvalho, pela repórter Ciara Carvalho, e pelo motorista Reginaldo Araújo, rodou quase dez mil quilômetros, em 15 dias, pelos nove estados do Nordeste do Brasil.
O que eles testemunharam,- o seu contato com as pessoas “invisíveis” aos olhos da nossa sociedade - demonstra que ainda temos um longo caminho a percorrer até a realização dos ideais de Josué de Castro.
O fotógrafo Arnaldo Carvalho relata: “Não foi fácil fazer esse material. Foi muito cansativo tanto psicologicamente quanto fisicamente...” “Cada localidade visitada era um soco no estômago, atrás do outro...”
Veja a seguir um resumo da reportagem que a equipe realizou.
Sertão nordestino - Setembro de 2008
Serra do Cafundó, CE Ouricuri, PE Ipubi, PE
Marta, jovem mãe,moradora da Vila dos Costas,distrito de Natura, Paraíba,recebe a equipe do jornal na desolação de seu lar. A fome de seus filhos, somada à sua própria fome. Fome de comida, de esperança, de dignidade...
No seu povoado, Vila dos Costas, as famílias vivem como refugiados. As terras onde moravam foram inundadas pela barragem de Acauã. O governo levantou as casas no endereço novo, mas se esqueceu de levar dignidade para a nova morada. Quando a reportagem pede para conhecer a cozinha de sua humilde casa, descobre que no armário de duas portas tudo o que tem é resto. Restos de fubá, de sal e um pacote aberto de açúcar. O arroz e o feijão acabaram há uma semana
A mulher forte, com um jeito discreto, quase cabreiro, que cria sozinha os filhos e ainda cuida de dois sobrinhos, já ao final da visita da equipe de reportagem, desaba num choro incontido que a todos impressiona. O choro de Marta, nos relata o fotógrafo, não é um choro de humilhação, de resignação, de tristeza por não ter o que comer. De quem aceita o destino porque assim Deus quis.
O seu choro não é senão um choro-explosão, um choro-revolta, um choro de indignação e de vergonha porque assim o homem quis. Marta Maria da Silva, 28 anos, é analfabeta e parece ter a exata consciência de que o flagelo da fome, imposto a ela e aos seus três filhos, não é obra divina. E sim humana. Coisa do homem contra o homem. E isso ela se recusa a aceitar; daí o seu choro incontido.
Não há maneira de enxugar lágrimas como estas. Lágrimas que brotam de um coração vitimado pela injustiça.
Marta abraça o filho de dois anos. Pequeninas mãos enxugam as suas lágrimas. Quem consola, e quem é consolado? Qual o limite de dor e desalento que um coração humano consegue suportar?... “Ninguém merece passar por isso. Ninguém”, repete Marta......antes de esconder-se no quarto, para chorar mais alto e sozinha.
A equipe de reportagem precisa partir. Deixa para trás Marta, seus três filhos, e o mar de lágrimas provocadas pela insensatez humana.
* * *
Rafael, 2 anos, morador de Ipubi, PE, perdeu a visão do olho direito devido a forte desnutrição. Quando chegou ao hospital, Rafael era só pele, osso e feridas. E a nata que lhe cobria os olhos, - a remela da fome. Os cuidados médicos infelizmente puderam salvar um dos olhos apenas. Ana Vitória, 1 ano e 2 meses, que mora num município vizinho, teve menos sorte ainda, perdendo a visão dos dois olhos devido a forte desnutrição.
Existe uma cegueira moral e social, anterior à cegueira que se apodera dos pequeninos olhos de Rafael, de Ana Vitória, e de outras tantas crianças
Algumas crianças, na loteria biológica, não são contempladas com uma família abastada materialmente. Ninguém escolhe a família em que nasce. É por isso que o exercício da caridade se faz tão importante.
Rafael, como muitas outras crianças da região, vive à base de garapa, - água com farinha -, e raramente bebe leite. Habitantes de um outro planeta, - o planeta da exclusão, da miséria e da fome. A mãe de Rafael lhe oferece o almoço, um ralo mingau de arroz.
Diante das prateleiras todas vazias, a repórter pergunta o que a família irá jantar naquela noite. A jovem mãe, desconversando, responde: “Comeremos qualquer coisa, antes de deitar.”
A repórter, não satisfeita com a resposta evasiva, repete a pergunta.
Desta vez, como resposta, apenas o silêncio.
Um dolorido silêncio, sinônimo de desalento, desamparo, fome... Pequeninos olhos que estarão em jejum, quando amanhã pela manhã se abrirem. Esta infinita canseira. Este castigo impiedoso. Essa noite sem remédio. Essa eterna espera sem fim...
O tempo passa igual para todos, mas não os seus efeitos. O peso de um dia é mais severo para uns do que para outros. Algumas pessoas passam por tanto infortúnio nas suas vidas que não estariam mentindo acaso dissessem:
Tenho morrido muitas vezes.Tenho morrido mil mortes...
Quanto tempo ainda levará até que aprendamos a ler nos olhares aquilo que não se traduz por palavras?...
Em quinze dias, a equipe de reportagem percorreu quase dez mil quilômetros, pelos nove estados do Nordeste do Brasil. Visitou lares famintos de um Nordeste árido e seco de esperança. Algumas das localidades marcadas pela fome e pela desolação encontram-se listadas dentre os municípios tidos como modelo pelo programa “Fome Zero”. O que revela quão distante estamos de uma sociedade onde a dignidade da vida seja uma realidade para todos.
Apesar das incipientes vitórias alcançadas no combate à miséria nos anos recentes, infelizmente, ainda é vasto o caminho a ser percorrido acaso queiramos que “justiça social” deixe de ser um vago conceito e se transforme em viva realidade. A legião de excluídos no Brasil soma quase 14 milhões de pessoas. Quatorze milhões de bocas incertas da comida de amanhã.
Compartilhe esta mensagem com outras pessoas. Em especial com a classe política, com governantes e dirigentes.
De modo que, quando entre uma CPI e outra no conforto de seus gabinetes estiverem, ao menos saibam da existência das vidas aqui relatadas:
A Maria que espera, a Marta que chora. A pequena Ana Vitória, que, quando em breve começar a dar os seus primeiros passos, haverá de tatear seu caminho pelo mundo, uma vez que a fome lhe secou os olhos ainda criança pequenina.
As desigualdades sociais se tornaram tão cruelmente excludentes que aqueles que vivem à margem da sociedade, por falta da mínima instrução, e devido à luta diária que travam pela sobrevivência, não sabem nem por onde começar para que tenham os seus mínimos direitos observados.
Se nós, que fomos contemplados com o conforto material e com tantas oportunidades nesta vida, nos calarmos, eles certamente serão relegados ao pleno esquecimento.
“Abre a tua boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham em desolação.” “Abre a tua boca; julga retamente; e faze justiça aos pobres e aos necessitados.” Livro dos Provérbios
Apenas por meio da consciência social poderemos amenizar o sofrimento causado pela miséria, que em pleno século XXI ainda cega, castiga e mata...
“Só a participação cidadã é capaz de mudar o país.” Betinho (1935 – 1997)
Crianças que nada podem fazer senão esperar. Uma longa e penosa espera. Por trás das frias estatísticas oficiais que camuflam a verdade. Existem tragédias particulares que se perdem na frieza dos números. As emboscadas das estatísticas oficiais revelam com pompa as melhoras econômicas e sociais, mas escondem e não fotografam os rostos daqueles que, a despeito de tudo, ainda sobrevivem do lado mais rasteiro dos gráficos.
14 milhões de brasileiros.
Por quanto tempo ainda ignoraremos os nossos irmãos castigados pela miséria e pela fome?
Aquele cujo coração se dispõe a ajudar encontrará os meios necessários.
Existem projetos sérios, como “O Unicef e o Semi-árido Brasileiro”, que atua nos nove estados do Nordeste. Entre outras metas, o programa busca elevar a qualidade do ensino numa região onde 350 mil crianças entre 10 e 14 anos estão fora da escola. Sem contar que, diante das precárias estruturas, muitas vezes as crianças que vão às aulas nada aprendem. Para conhecer mais sobre o programa do Unicef, acesse: www.unicef.org.br (clique em “Onde atuamos” e “Semi-árido”)
O programa apenas alcançará os seus objetivos com a participação da sociedade. Para os que queiram ajudar, há também a aridez das condições de vida de tantas e tantas crianças nas periferias de toda cidade grande...
Serra do Cafundó, CE
Se cada um de nós cuidar dos interesses da nossa família biológica apenas, as crianças necessitadas jamais conseguirão se levantar do chão. Pois elas dependem da mão amiga de um estranho que as enxergue, que se compadeça, e socorra. Devemos ter em mente que ao praticarmos a Caridade e a Compaixão, estamos regando e fortalecendo também a nossa própria alma...
É no encontro com o oprimido, o sedento, o faminto, o nu, que nos aproximamos, por meio do gesto amoroso, do nosso Criador.
“Tive fome, e destes-Me de comer; Tive sede, e destes-Me de beber; Era estrangeiro, e hospedastes-Me; Estava nu, e vestistes-Me; Adoeci, e visitastes-Me...”
“Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes Meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a Mim o fizestes.” Bíblia Sagrada - Novo Testamento.
Quem ama não mata, não humilha. Quem ama socorre, ampara...
Frágeis corpos modelados pela fome. Crianças que falam a nossa língua, mas que habitam um mundo tão distante. O mundo da exclusão, da espera, da resignação, da fome...
Sempre que o amor e a justiça se fazem ausentes resta a desolação, a seriedade precoce impressa nos olhares.
A indisfarçada vergonha dos que, sentindo fome, não têm o que comer. Um punhado de farinha de mandioca ralada. Mais uma noite, seguida por outro dia igual.
Dores caladas. Olhares que pedem esperança, dignidade...
Que a espera por aquilo que sacia a fome, e que concede a dignidade, possa ser breve...
Um outro mundo é possível.
“Mudar é difícil, Mas não é impossível.” - Paulo Freire
“Não te deixes desiludir pelo mundo que te cerca. Saiba que és chamado a transformá-lo.” - Frei Betto
Um outro mundo é possível Quem plantar haverá de colher...
Que o AMOR se faça presente nas ações...sentir somente não ajudará ninguém, é preciso fazer alguma coisa...agir...dar de comer a quem tem fome, beber a quem tem sede, remédios para quem está doente, cobertor para quem tem frio...carinho para quem está sofrendo...a caridade não tem limites...vamos fazer a nossa parte!! Saber quem realmente precisa de ajuda, quem realmente merece nosso amor!
Que todos os seres sejam livres dos sofrimentos e de suas causas!
É a Compaixão agindo em você para que possa doar aos outros!Ninguém é feliz sem um coração caridoso e amoroso, porque a verdadeira felicidade reside em fazermos as pessoas felizes...aliviar o fardo dos que sofrem!
Que todos sejam livres dos sofrimentos e de suas causas!
Rose Colaneri
Meditação Tonglen
Pema Chödrön é uma monja buddhista norte-americana e uma das estudantes mais brilhantes de Chögyam Trungpa Rinpoche, famoso mestre de meditação. Ela é autora das obras The Wisdom of No Escape e Start Where You Are, e também professora em Gambo Abbey (Nova Scotia, Canadá), o primeiro monastério tibetano na América do Norte estabelecido para ocidentais. Segundo Chödrön, a felicidade está ao nosso alcance, e no entanto tantas vezes a perdemos de vista, ironicamente na tentativa de evitar dor e sofrimento.
O texto radical e compassivo de Pema Chödrön vem de encontro às nossas expectativas e hábitos de conduta Quando Tudo Se Desfaz (Editora Gryphus), e nos confronta com a sabedoria buddhista. Existe somente uma atitude em relação ao sofrimento, ensina Chödrön, e essa atitude é a que caminha na direção das situações difíceis com afabilidade e curiosidade, se deixando levar pela insegurança da situação. É ali, no meio do caos, que descobrimos a verdade e o amor indestrutíveis.
Para sentir compaixão por outras pessoas, precisamos sentir compaixão por nós mesmos.
Precisamos nos preocupar, principalmente, com as pessoas que sentem medo, raiva, inveja, que são dominadas por todo tipo de vício, que são arrogantes, orgulhosas, mesquinhas, egoístas, más — você pode escolher. Ter compaixão e carinho por elas significa não fugir da dor de encontrar essas características em si mesmo. De fato, toda a nossa atitude diante da dor pode mudar. Em vez de rechaçá-la e de nos escondermos dela, é possível abrir nosso coração e nos permitirmos sentir essa dor, senti-la como algo que nos abranda, purifica e nos torna muito mais amorosos e bondosos.
A prática de tonglen é um método para nos conectarmos com o sofrimento — nosso próprio sofrimento e o que nos rodeia onde quer que possamos ir. É um método que nos leva a superar nosso medo da dor e a dissolver a dureza de nosso coração. Acima de tudo, faz despertar a compaixão que é inerente a todos nós, não importa quanto possamos parecer cruéis ou frios.
Iniciamos essa prática recebendo em nós mesmos a dor de alguém que sabemos estar em sofrimento e desejamos ajudar. Se sabemos que uma criança está sofrendo, por exemplo, inspiramos essa dor, desejando que ela se liberte totalmente do pesar e do medo. Quando expiramos, enviamos felicidade, alegria, ou o que lhe traga alívio.
Esta é a essência da prática: inspiramos a dor do outro, para que ele possa sentir-se bem e ter mais espaço para relaxar e abrir, e expiramos, transmitindo relaxamento ou aquilo que sentimos que pode trazer alívio e felicidade.
Freqüentemente, entretanto, não conseguimos realizar essa prática porque nos vemos frente a frente com nosso próprio medo, nossa resistência, raiva ou qualquer outro sofrimento pessoal que esteja presente.Nesse momento, podemos mudar o foco e começar a praticar tonglen por aquilo que estamos sentindo e por milhares de pessoas que, como nós, naquele exato momento, sentem precisamente a mesma impotência e angústia. Talvez sejamos capazes de dar um nome à nossa dor.
Reconhecemos claramente o terror, repulsa, raiva ou desejo e vingança.Então, inspiramos por aqueles que estão dominados pelas mesmas emoções e irradiamos alívio ou qualquer outra sensação que proporcione espaço para nós mesmos e para essas incontáveis pessoas. Às vezes, não conseguimos dar um nome ao que estamos sentindo. Mesmo assim, podemos perceber sua presença — um aperto no estômago, uma certa opressão ou o que quer que seja. Simplesmente entramos em contato com o que estamos sentindo e inspiramos, trazendo-o para dentro de nós e fazendo isso por todos. Então, enviamos para fora alívio para todos.
Diz-se, freqüentemente, que essa prática contraria o padrão costumeiro que usamos para não desmoronar. Na verdade, a prática de tonglen realmente se opõe à nossa tendência habitual de querer tudo ao nosso próprio modo, de desejar que tudo dê certo para nós, independente do que aconteça aos outros. Ela desfaz os muros que construímos ao redor de nosso coração, as camadas de autoproteção que lutamos tanto para criar.
Usando uma linguagem buddhista, podemos dizer que dissolve a fixação e o apego do ego.A prática de tonglen reverte a lógica habitual de evitar o sofrimento e buscar o prazer. Nesse processo, nós nos libertamos de padrões muito antigos de egoísmo. Começamos a sentir amor, tanto por nós mesmos quanto pelos demais; passamos a cuidar de nós mesmos e dos outros. Tonglen desperta nossa compaixão e nos faz conhecer uma visão muito mais ampla da realidade. Ele nos apresenta a amplidão ilimitada de shunyata.
Quando o praticamos, começamos a nos conectar com a vasta dimensão de nosso ser.
Inicialmente, deixamos de dar tanta importância a tudo e nossa experiência passa a ser menos sólida do que parecia.A prática de tonglen pode ser feita para os que estão doentes, para os que estão morrendo ou já morreram, para todos aqueles que, de alguma forma, estão sofrendo. Tonglen pode ser praticado por todos que, de alguma forma, estão sofrendo. Tonglen pode ser praticado como uma meditação formal, ou em qualquer lugar e a qualquer e a qualquer momento.
Estamos passando e vemos alguém em sofrimento — ali mesmo, começamos a inspirar essa dor e a exalar alívio. Ou então, ao ver alguém sofrendo, podemos desviar o olhar. Esse sofrimento desperta nosso medo ou raiva, nossa resistência e confusão. Portanto, naquele exato momento, podemos praticar tonglen por todas as pessoas que, assim como nós, desejam ser corajosas, mas são covardes.
Em vez de nos punirmos, podermos usar nossos próprios entraves como o primeiro degrau para compreender o que outras pessoas, no mundo inteiro, estão enfrentando. Inspirar por todos nós e expirar por todos nós. Usar o que parece veneno como remédio. Podemos usar nosso sofrimento pessoal como um caminho em direção à compaixão por todos os seres.Quando praticamos tonglen no momento em que nos deparamos com o sofrimento, apenas inspiramos e expiramos — inspiramos a dor, exalamos a amplidão a alívio.
Quando praticamos tonglen como uma meditação formal, devemos seguir quatro passos:
1. Em primeiro lugar, descanse sua mente por alguns segundos em um estado de abertura ou quietude. Esse estágio é tradicionalmente chamado de lampejo do bodhichitta absoluto, ou de súbita abertura à amplidão e clareza fundamentais.
2. Em seguida, trabalhe com a textura. Inspire o calor, a escuridão e o peso — a sensação de claustrofobia — e expire serenidade, claridade e leveza — a sensação de frescor. Inspire profundamente, por todos os poros, e expire, irradie completamente, usando todos os poros de seu corpo. Faça isso até que essas sensações estejam sincronizadas com sua inspiração e expiração.
3. No passo seguinte, trabalhe uma situação pessoal — qualquer situação dolorosa que seja real para você. Tradicionalmente, começa-se praticando tonglen por alguém com quem nos preocupamos e que queremos ajudar. Entretanto, como já mencionei, quando seus próprios problemas o impedem de prosseguir, você pode realizar a prática pela dor que está sentindo e, simultaneamente, por todos aqueles que, como você, passam pelo mesmo tipo de sofrimento. Por exemplo, se está se sentindo incapaz, inspire essa sensação, por si mesmo e pelos outros que estão no mesmo barco, e exale confiança, sentimento de ser capaz ou de alívio, da forma que desejar.
4. Finalmente, torne esse processo mais abrangente. Se você está praticando tonglen por alguém que ama, estenda a prática a todos aqueles por quem nutre o mesmo sentimento. Se está praticando por alguém que viu na televisão ou na rua, faça o mesmo por todos os que estão em situação semelhante.
Não se limite a uma única pessoa. Talvez já seja suficiente praticar por todos aqueles que, como você, estão dominados pela raiva, medo, ou por qualquer outro sentimento que também o aprisione. Entretanto, em todos esses casos, você pode ir além.
Você pode praticar tonglen por aqueles que considera inimigos — aqueles que o ferem ou ferem alguém. Faça tonglen por eles, pense neles como dominados pela mesma confusão e impotência que vê em si mesmo e naqueles que ama. Inspire a dor deles, expire alívio.
A prática de tonglen pode ser infinitamente ampliada. À medida que pratica, gradualmente e ao longo do tempo, verá que sua compaixão naturalmente se expande e o mesmo acontece, com a percepção de que as coisas não são tão sólidas quanto você pensava.
À medida que pratica, gradualmente e em seu próprio ritmo, ficará surpreso ao perceber-se cada vez mais capaz de ajudar os outros, mesmo em situações que pareciam insolúveis.(Chödrön, Pema. Quando tudo se desfaz: instruções para tempos difíceis.
Traduzido por Helenice Gouvêa. Rio de Janeiro: Gryphus, 1999. Pág. 137-147
Namaste! Todas vezes que ouço a música The Chant of Metta com Imee Ooi, uma energia amorosa me envolve e o ambiente em que estou. Hoje trago para o blog a tradução da letra desse cântico, que é uma expressão pura de amor e de paz interior. Para que possamos sentir o verdadeiro amor, temos que começar conosco primeiro para depois expandir. Há muitas técnicas que nos auxiliam na mudança vibracional de amor pessoal para amor impessoal, – amor verdadeiramente incondicional. Busque o que melhor seu coração aceitar como caminho e vá em frente. Somos Um com nosso Semelhante, Um com o Todo...Um com o Universo! Que muitos possam despertar da falsa realização do ego e vibrar um espírito mais amoroso nessa encarnação! Rose Colaneri
Generosidade do coração
"Por vezes nas nossas vidas encontramos pessoas que parecem irradiar sentimentos de amor e de bondade genuínos.
Quando estamos com pessoas assim, fazem-nos sentir que naquele momento somos as pessoas mais importantes no mundo, não por causa de quem somos ou do que fizemos, mas simplesmente porque somos um seu semelhante.
Esta qualidade especial de amor e bondade (metta) é a generosidade e a abertura do coração que simplesmente deseja que todos os seres sejam felizes. Metta não procura benefício pessoal.
Não é oferecida com a expectativa de receber algo em troca. E porque não está dependente de condições externas, das pessoas serem ou comportarem-se de uma certa maneira, não está facilmente sujeita à decepção.
Quando metta se torna mais forte, sentimo-nos mais abertos aos outros, mais abertos a nós mesmos, com benevolência e bom humor.
Os primeiros versos do Karanyia metta sutra, o discurso do Buda sobre o Amor/Bondade diz exatamente como preparar o terreno para desenvolver e aprofundar este tipo de amor:
Isto é o que deve ser feito por aquele que é hábil nos seus propósitos,que quer progredir para o estado de paz:Ser capaz, correto e sincero,fácil de ser instruído, gentil e sem arrogância,satisfeito e fácil de ser sustentado,com poucas obrigações, vivendo de maneira simples,com as faculdades em paz, um mestre,modesto, e sem cobiça por benfeitores. (...)Como uma mãe arriscaria sua vidapara proteger o seu filho, seu único filho,da mesma forma, com relação a todos os seres, cultiva um coração sem limites.Com boa vontade para todo o universo,cultiva um coração sem limites.
Não chega pensar que o amor é uma boa idéia. Há algum trabalho a fazer, alguma atenção a ser dispensada. Precisamos de o expressar na forma como lidamos com as pessoas. Ser “capaz, correto e sincero” significa estar comprometido com uma honestidade e simplicidade básicas, falando e agindo sem enganar e sem segundos motivos.
Ser “fácil de ser instruído e gentil” significa ser abordável e na verdade fazer da gentileza e da facilidade a nossa prática na forma de estarmos com os outros. E não ser orgulhoso lembra-nos do verdadeiro sentido da humildade, que não é uma submissão, mas em vez disso a falta de egocentrismo:
“A verdadeira humildade é a ausência de alguém para se orgulhar” (Wei Wu Wei)"Joseph Goldstein, One Dharma“Metta” é uma palavra Pali que significa amor/bondade. Cantar “Metta” é irradiar amor/bondade para todos os seres: que todos possam estar em paz e felizes. Imee Ooi canta em pali com muita beleza. Cantar “Metta” pacifica, revigora, enche de alegria e é um grande fator de cura para o mundo ─ atravessando-o com ondas de amor.
Verdadeiramente, que todos os seres possam ser felizes. Que possam todos viver sempre em paz e harmonia.O cântico de Metta - The Chant of MettaEssa artista malasiana canta em pali, a língua das escrituras do budismo Theravada.
Acredita-se que essa era a língua falada pelo Buda Shakyamuni (o buda histórico).Segue uma tradução da página do bhudanet.net, que contém a letra da música e seu significado. Como a tradução foi feita do pali -> inglês -> português, há incorreções. Mas o sentido geral permanece.
O cântico de Metta
Aham avero homi Que eu possa me libertar da inimizade e do perigo
abyapajjho homi que eu possar me libertar do sofrimento mental
anigha homi que eu possa me libertar do sofrimento físico
sukhi - attanam pariharami que eu possa cuidar de mim mesmo com felicidade
Mama matapitu que meus pais
ajariya ja nyaridimitta ja professores, parentes e amigos
sabrahma - jarino ja queridos seguidores do Dharma
avera hontu sejam libertados da inimizade e do perigo
abyapajjha hontu sejam libertados do sofrimento mental
anigha hontu sejam libertados do sofrimento físico
sukhi - attanam pariharantu que eles possam tomar conta de si mesmos com felicidade
Imasumem arame sabbe yogino que todos os meditadores deste feudo
avera hontu sejam libertados da inimizade e do perigo
abyapajjha hontu sejam libertados do sofrimento mental
anigha hontu sejam libertados do sofrimento físico
sukhi - attanam pariharantu que eles possam tomar conta de si mesmos com felicidade
Imasumem arame sabbe bhikkhu que todos os monges deste feudo
samanera ja monges iniciantes
upasaka - upasikaya ja discípulos homens e mulheres
avera hontu sejam libertados da inimizade e do perigo
abyapajjha hontu sejam libertados do sofrimento mental
anigha hontu sejam libertados do sofrimento físico
sukhi - attanam pariharantu que eles possam tomar conta de si mesmos com felicidade
Amhakam jatubajaya - dayada que todos os doadores das quatro providências: vestimenta, comida, remédios e abrigo
avera hontu sejam libertados da inimizade e do perigo
abyapajjha hontu sejam libertados do sofrimento mental
anigha hontu sejam libertados do sofrimento físico
sukhi - attanam pariharantu que eles possam tomar conta de si mesmos com felicidade
Amhakam arakkha devata que nossos deuses guardiões
Imasumem vihare neste monastério
Imasumem avase nesta casa
Imasumem arame neste feudo
arakkha devata que os deuses guardiões
avera hontu sejam libertados da inimizade e do perigo
abyapajjha hontu sejam libertados do sofrimento mental
anigha hontu sejam libertados do sofrimento físico
sukhi - attanam pariharantu que eles possam tomar conta de si mesmos com felicidade
Sabbe satta que todos os seres
sabbe pana todas as coisas que respiram
sabbe bhutta todas as criaturas
sabbe puggala todos os indivíduos
sabbe attabhava - pariyapanna todos os seres com mente e corpo
sabbe itthoyo que todas as mulheres
sabbe purisa que todos os homens
sabbe ariya que todos os santos
sabbe anariya que todos aqueles que almejam a santidade
sabbe deva que todos os deuses
sabbe manussa que todos os humanos
sabbe vinipatika que todos aqueles nos quatro reinos miseráveis
avera hontu sejam libertados da inimizade e do perigo
abyapajjha hontu sejam libertados do sofrimento mental
anigha hontu sejam libertados do sofrimento físico
sukhi - attanam pariharantu que eles possam tomar conta de si mesmos com felicidade
Dukkha mujjantu que todos os seres possam se libertar do sofrimento
Yattha-laddha-sampattito mavigajjhantu que o que quer que eles tenham ganhado não seja perdido
Kammassaka todos os seres são donos de seu próprio karma
Purathimaya disaya na direção leste
pajjhimaya disaya na direção oeste
uttara disaya na direção norte
dekkhinaya disaya na direção sul
purathimaya anudisaya na direção sudeste
pajjhimaya anudisaya na direção noroeste
uttaraya anudisaya na direção nordeste
dekkhinaya anudisaya na direção sudoeste
hetthimaya disaya na direção para baixo
uparimaya disaya na direção para cima
Sabbe satta que todos os seres
sabbe pana todas as coisas que respiram
sabbe bhutta todas as criaturas
sabbe puggala todos os indivíduos
sabbe attabhava - pariyapanna todas os seres com mente e corpo
sabbe itthoyo que todas as mulheres
sabbe purisa que todos os homens
sabbe ariya que todos os santos
sabbe anariya que todos aqueles que almejam a santidade
sabbe deva que todos os deuses
sabbe manussa que todos os humanos
sabbe vinipatika que todos aqueles nos quatro reinos miseráveis
avera hontu sejam libertados da inimizade e do perigo
abyapajjha hontu sejam libertados do sofrimento mental
anigha hontu sejam libertados do sofrimento físico
sukhi - attanam pariharantu que eles possam tomar conta de si mesmos com felicidade
Dukkha mujjantu que todos os seres possam se libertar do sofrimento
Yattha-laddha-sampattito mavigajjhantu que o que quer que tenham ganho, não seja perdido
Kammassaka todos os seres são donos de seu próprio karma
Uddham yava bhavagga ja desde o mais alto plano de existência
adho yava avijjito até o plano mais baixo
samanta jakkavalesu em todo o universo
ye satta pathavijara quaisquer seres que se movam pela terra
abyapajjha nivera ja sejam libertados do sofrimento físico e da inimizade
nidukkha ja nupaddava e do sofrimento físico e do perigo
Uddham yava bhavagga ja desde o mais alto plano de existência
adho yava avijjito até o plano mais baixo
samanta jakkavalesu em todo o universo
ye satta udakejara quaisquer seres que se movam pela água
abyapajjha nivera ja que eles possam se libertar do sofrimento mental e da inimizade
nidukkha ja nupaddava e do sofrimento físico e do perigo
Uddham yava bhavagga ja desde o mais alto plano de existência
adho yava avijjito até o plano mais baixo
samanta jakkavalesu em todo o universo
ye satta akasejara quaisquer seres que se movam pelo ar
abyapajjha nivera ja que eles possam ser libertados do sofrimento mental e da inimizade
nidukkha ja nupaddava e do sofrimento físico e do perigo.
The Chant of Metta -
Fontes dos textos: samsara.blog budismo-porto-de-encontro blogspot
Namaste! Uma das belezas do budismo é que ele assemelha-se a uma árvore. Ao longo de 25 séculos de história, inúmeras sementes têm germinado, florescido e frutificado nas mais diversas culturas e com os nomes mais diferenciados, gerando assim veículos, escolas, linhagens, praticantes anônimos, etc. No Brasil, aos poucos, o Darma também vai crescendo. Sem pressa, como é próprio deste duas vezes milenar caminho. No início do verão americano de 1905, o Reverendo Soyen Shaku, abade de Engaku-ji e Kencho-ji, Kamakura, Japão, chegou à costa oeste dos EUA para dar ensinamentos budistas inéditos na América. Tendo ficado mais de um ano em solo americano, em uma de suas aulas falou sobre Kuanon, a natureza da iluminação, bondade, amor e compaixão em forma feminina. Kuanon é também conhecida como Kandisai, Kanon, Kuanin e Kanzeon. Na viagem, acompanhou o autor um tradutor muito especial, mais tarde reconhecido como um importante mestre e erudito a quem o Ocidente deve muito de sua abertura à compaixão de todos os Budas, Daisetz Teitaro Suzuki. Em 1906, pelo esforço de Suzuki, esses ensinamentos preciosos estavam editados e publicados sob o título "Sermons of a Buddhist Abbot", de onde Padma Samten compilou o texto que segue. O tópico do ensinamento de hoje é a Bodisatva Kuanon ou Deusa da Bondade, como é comumente conhecida. Não irei fazer investigações históricas dessa deidade, ou bodisatva, como se fala na terminologia budista. Não importa aqui a origem ou linhagem de Kuanon, que era originalmente a divindade masculina da mais elevada energia, Avalokitesvara. De acordo com nosso conhecimento presente, Kuanon passou a ser identificado com sua consorte Tara, e não é mais uma divindade masculina a que representa a energia mais elevada, mas a deusa da bondade e do amor, o princípio do amor universal. Nós a tomaremos como a entendemos nos dias atuais. Kuanon não é mais uma divindade hindu, mas foi completamente naturalizada ao Extremo Oriente. Em minha opinião, as necessidades religiosas do homem são essencialmente as mesmas, tenha ele um nascimento acidentalmente ocidental ou oriental. Quando sente suas necessidades, trata de encontrar os meios para supri-las segundo onde esteja situado, de acordo com sua história, tradição, folclore e crenças. Do material assim obtido, constrói suas necessidades e, com a clareza intelectual, elabora-as e leva à perfeição. Quando vemos construída e pronta essa devoção religiosa do homem, olhando-a à parte de suas relações históricas, a apreciamos como uma manifestação da natureza interna do homem. Nossa abordagem de Kuanon é deste ponto de vista. Kuanon consiste de duas palavras, kwan e on, uma abreviação de uma expressão mais completa, Kuan-ze-on. Kuan literalmente significa "ver", "perceber", ou "olhar". Esta percepção, no entanto, nem é física, nem sensorial, mas espiritual, interna e transcendental é é uma intuição do verdadeiro significado das coisas com o olho mental que todos os seres possuem. O caractere seguinte, ze, significa mundo ou universo, incluindo tudo o que existe; finalmente, on, "som" ou "voz". Em conjunto, Kuan-ze-on significa "aquela que ouve os sons do mundo". O som que Kuanon percebe, é preciso salientar, não é físico, não tem qualquer referência à ondulação da atmosfera que chega aos nossos nervos e é interpretada como som. Quando vemos com o olho espiritual o que passa ao redor, as coisas são todas conversíveis umas nas outras: som é cor, cor é sabor, odor é som, etc. Do ponto de vista sensorial isso seria incompreensível, pois o que os olhos vêem é cor, o que os ouvidos ouvem é som, e são completamente irredutíveis uns aos outros. Nas regras de individuação do mundo fenomenal as coisas não podem ser outras do que parecem aos nossos sentidos particularizadores. Mas quando transcendemos os limites da fenomenalidade e olhamos internamente a razão verdadeira das coisas, todas as separações de formas e particularidades desaparecem, os sabores se tornam cheiro, as visões, audição, etc. é o que caracteriza a operação mental além das individualidades. Sendo assim, aquele que ouve os sons do mundo é nem mais nem menos aquele cuja sabedoria espiritual foi profundamente no verdadeiro fundamento das existências, cuja compreensão toca a tudo e entende a razão das coisas, porque são de um jeito e não de outro, e cujo pensamento e vida estão em perfeita harmonia com a mente que controla o destino do universo. Atravessou, assim se diz, para a outra margem, é um buda, um iluminado. Se desejamos atingir este estado de espiritualidade, precisamos treinar a não nos distrair com o fenômeno das coisas, mas focar a essência última da existência, que é livre de todos os modos de dualidade. Aí, o percebido e o percebedor não são dois; o ouvir e o que é ouvido não são separados; o "eu" e o "não-eu" não são o que parecem aos sentidos. Existe apenas uma realidade e podemos chamá-la por qualquer nome. O budismo não é radical nessa questão de designação. Você pode chamar de Deus, razão, vida, talidade, ou amor, mas perceba que não pode fazer disso algo além do universo, ou uma mera abstração que nada tem a ver com este mundo concreto. Para evitar essa incompreensão de parte de quem não tem treinamento, nessa relação particular o budismo usa a expressão "som", afirmando que todas as coisas são expressão do som único no qual cada nota que soa está sintetizada no eterno. Não apenas o vento que sopra, as ondas que rugem, a flauta que assobia, mas as montanhas, rios, oceanos, sóis, céus, tudo o que existe, nada mais são do que as muitas variações do som eterno, derradeiro, unificador. Não pense que isso é demasiadamente escondido ou esotérico; apenas treine-se em meditação budista e perceberá a correção do que falo. Primeiro, reconheça a unidade do princípio único e veja que está em todas as coisas. Então certamente perceberá o ponto, aqui apresentado de modo um tanto místico. Freqüentemente encontramos, associada a Kuanon, a deusa da bondade, a expressão bodisatva (Bosatz em japonês e Pu sa em chinês). É um ser senciente cuja essência é sabedoria, um título geralmente dado aos seres de grande iluminação, aos grandes santos budistas ou, de fato, a qualquer sábio de qualquer denominação de fé. O que constitui a essência desse ser é o amor com o qual se dedica ao benefício dos outros. Um bodisatva negará a si mesmo ao perceber que assim salvará seus companheiros do sofrimento, miséria, ignorância e engano a respeito de si próprios, ou pode afirmar-se ao perceber que isso trará melhor auxílio. Seu único objetivo é auxiliar os outros, seu único princípio de vida é o amor, e o meio que emprega é a sabedoria. Move-se pelo amor e regula sua ação pela sabedoria. Sua fonte de amor e inexaurível, cada sensação, pensamento, desejo, resolução e tudo mais vem desta fonte divina. Seu amor, no entanto, não se move cegamente, mas do modo mais inteligente, pois ele não só é puro de coração como tem iluminação na mente. Ele reconhece o aspecto ilusório de sua identidade que, se enfim existe, se dá nos outros e não em si mesmo, abarca todo o universo ainda que não palpite mesmo na mais diminuta parcela de sua própria pessoa. Kuanon, portanto, não apenas é amor encarnado, mas a representação da sabedoria e iluminação. Como temos a sabedoria mais enfaticamente representada em bodisatvas tais como Monju (Manjurshri em sânscrito) e Seshi, vemos em Kuanon a virtude de amor e compaixão como aspectos predominantes, e por essa razão sua associação à forma feminina. Ainda que as outras qualidades estejam presentes, ela atrai por sua ternura, amor, compaixão, sensibilidade ao sofrimento dos outros e auto-sacrifício. Sem essas qualidades, ainda que intelectualmente brilhante, de presença majestosa, ela seria honrada e respeitada, mas não seria mais objeto de adoração e culto pois ninguém mais viria ao chão diante dela e, de joelhos, chamá-la, clamar por seu amor ilimitado, puro, impessoal e enobrecedor. Kuanon, portanto, é melhor reconhecida em forma feminina. Quando de forma mundana falamos do amor, logo associamos à falta de discernimento e exclusividade, uma vez que amor é constraste para o ódio e está associado ao impulso. Devido a este último, o amor necessariamente discrimina e está cheio de parcialidades e focado. Assim, move-se sem ver as conseqüências e desconhece seu propósito último. Mas o amor que constitui o ser de Kuanon não é esse tipo de amor, mas o que é mais abrangente e universal, uma vez que abarca a tudo e a todos, justos e injustos, bons e maus, crentes e sacrílegos. Neste amor não há traço de parcialidade ou discriminação. É como a chuva que cai em todas as formas de vegetação, ainda que cada planta seja beneficiada segundo suas particularidades. É ainda como o sol que brilha para todas as formas de vida, enquanto que estas fazem uso do brilho do sol de acordo com sua própria natureza. O sol ou a chuva, assim, beneficiam a tudo sem qualquer pensamento de discriminação. O amor de Kuanon por todos os seres sencientes não é mais do que a exibição dessa energia universal de animação e iluminação que cria formas e regula o mundo. Creio que tenha ficado claro a vocês que em tal amor espiritual como o de Kuanon, não há nada que seja comercial, nem qualquer princípio mercenário que diga "dou-lhe isto e espero tal ou qual favor". Kuanon abomina este espírito dos tempos modernos que penetra quase que cada fibra de nossa civilização. Se quiser rezar a Kuanon, faça em coração e sabedoria. É necessário manter o coração limpo de impurezas, egoísmos e ignorância. É necessário ter nossos impulsos egoístas batizados pela água da iluminação. Só quando estiver de coração puro e espírito humilde é que será conduzido à presença da Bodisatva Kuanon, tornando-se receptáculo de suas bênçãos infinitas. A graça não é um favor especial conferido a alguém destituído de mérito, mas um resultado legítimo da auto-purificação. Os budistas reconhecem que o amor emana da sabedoria, da prática de samadi. Enquanto estamos mentalmente operando estimulados apenas pelos sentidos físicos, não somos capazes de destruir a parede da individualidade e vivenciar o princípio universal do amor. Assim, nosso amor é limitado, impulsivo, exclusivista. Para atingir a capacidade de amar como Kuanon, precisamos sacudir, através da contemplação lúcida e auto-disciplina, nossos corruptos andrajos egóicos. Os que não refletem, usualmente vivem na superfície das coisas. São incapazes de identificar e sistematizar as impressões mutáveis que recebem dos sentidos. Movem-se de acordo com impulsos cegos e desejos egóicos que lhes atam mãos e pés. Não se movem pela razão, não penetram o fundo das coisas onde repousa o sentido da existência. Podem mesmo realizar ações nobres, que ainda assim não espelham a iluminação, mas a loucura. O que é feito através de ajustes e inícios, não se constitui em sabedoria. O amor que se origina de uma fonte impura não pode ser o fundamento de nossas vidas religiosas. Quando o amor de Kuanon se faz concreto, expressa-se de várias formas, de acordo com as necessidades das circunstâncias. No sutra Pundarika, Kuanon é vista se manifestando em diferentes personagens. Quando vê que é mais efetivo um certo modo de expressão, ela assume esta forma e, através dela, exerce toda sua influência. Ela poderá manifestar-se como filósofo, comerciante, erudito, pessoa de nascimento inferior ou o que seja mais apropriado na ocasião, dentro do propósito único de liberar todos os seres da ignorância e egocentrismo. Portanto, onde houver um coração tateando na escuridão, Kuanon não falhará em estender seus braços acolhedores. Essa imagem de Kuanon, parece-me, teve grande influência no caráter nacional dos cidadãos do meu país. O carinho que manifestem, é sempre visto como originado do amor e compaixão da própria Kuanon. Os que viajaram através do Japão devem ter visto os múltiplos templos dedicados a ela e a grande quantidade de pessoas que ali se reúne, oferecendo incenso, flores e preces. Pode parecer uma prática alicerçada na superstição, mas vejam o benefício e alívio espiritual que traz. De coração simples, eles crêem na resposta de Kuanon a suas preces fervorosas. A onda de amor universal está vibrando em todos os seres sencientes, e quando esta nota interna é tocada através do mais profundo sentimento espiritual que alguém possa ter, vibra, e a vibração chega à verdadeira fonte da vida, que é o amor de Kuanon, e lá se dá o fenômeno da comunhão. Assim o princípio universal do amor torna-se conhecido ao coração humano. Parece-me que a Virgem Maria do cristianismo corresponde à divindade budista da bondade, a Bodisatva Kuanon. A natureza humana em toda a parte parece ansiar pelo que Goethe chama de "eterna feminilidade". Os cristãos, de acordo com suas necessidades, criaram Maria. Ainda que ela seja uma figura histórica, foi investida de todas as qualidades necessárias para satisfazer seus anseios internos. Os budistas têm Kuanon, que, independentemente de sua posição histórica, atende completamente a seus anseios espirituais. Do ponto de vista cristão, Kuanon é uma Maria encarnada. Do ponto do vista budista, Maria é uma manifestação de Kuanon em um grupo de seres que se identificam como cristãos. A verdade é una e a humanidade a mesma em toda a parte. É meu desejo profundo que chegue logo o tempo no qual Oriente e Ocidente se unirão no culto à verdade, sem ater-se a diferenças acidentais e contradições. Reverendo Soyen Shaku, abade de Engaku-ji e Kencho-ji, Kamakura, Japão. fonte: site bodisatva.org
"Em 1986, tinha conquistado tudo o que imaginei ser possível para me tornar feliz. Mas eu vivia frustrado, perguntava-me se a vida era só uma coletânea de momentos. Como sempre fui muito religioso, não acreditava que o Criador fosse capaz de me mandar para essa viagem por tão pouco... ... ... Assim, decidi ir para o Oriente conversar com os mestres e saber o que eles pensavam a respeito da felicidade.
Fui para o Nepal, mais exatamente para o mosteiro budista nos arredores de Katmandu. Chegar àquele lugar já foi uma epopéia... Um amigo havia me indicado um mestre que vivia ali. Instalei-me em um hotel e saí à procura do mosteiro. Na portaria, a pessoa que me atendeu disse que ele iria me receber às 9 horas da manhã seguinte.
Naquela noite praticamente não dormi. Fiquei excitado com a possibilidade de me ser revelado o segredo da felicidade. Saí ainda de madrugada do hotel, na esperança de o mestre estar disponível e poder conversar mais cedo comigo. Fiquei esperando até que, por volta de 9 horas, uma mulher que falava inglês com sotaque francês entrou na sala. Imaginei que me levaria ao mestre. Acompanhou-me até uma sala, estendeu uma almofada e pediu para que me sentasse a sua frente.
Era uma moça morena, jovem, muito bonita, a quem pedi: - Quero falar com o mestre. Ela então me respondeu: - Eu sou o mestre.
Não consegui esconder meu desapontamento e raciocinei: 'Viajei tanto para chegar até aqui e conversar com um mestre de verdade, e me aparece uma mestra francesa! Todo mundo procura um mestre velhinho, oriental, com longas barbas. Não uma mulher jovem e bonita, que nem nasceu no Oriente!'
Resolvi insistir: - Você não entendeu direito, quero falar com o mestre. E novamente ela me respondeu: - Eu sou o mestre.
Então pensei: 'Vou fazer uma pergunta bem difícil para que ela se sinta embaraçada e me leve ao mestre de verdade'. - O que é budismo? - perguntei. Tranqüilamente, ela me respondeu: - A base do budismo é o fato de que todo ser humano sofre.
Pensei comigo mesmo: 'Não é possível. Saio da cultura ocidental, que prega o sofrimento como base da purificação e da sabedoria, e aqui ouço que a base do budismo é o sofrimento?' Não satisfeito, resolvi fazer uma pergunta ainda mais difícil para que ela não soubesse a resposta e me levasse ao verdadeiro mestre: - E por que os seres humanos sofrem? - Porque são ignorantes - ela respondeu.
Pensei: 'Bem, se são ignorantes, deve haver alguma coisa que não saibam e que talvez seja a resposta para o que estou procurando'. - E qual é o conhecimento que nos falta? - arrisquei. - O que precisamos ter é a compreensão de que as coisas na nossa vida são dinâmicas e fluidas. Quando o ser humano está feliz bloqueia a felicidade, pois deseja a eternidade para esse momento. Torna-se rígido, com medo de que o prazer acabe. Quando está infeliz, julga que o sofrimento não terá fim, mergulha na sombra, e assim amplia sua dor.
A mestra continuou: - Como as ondas do mar, a vida é dinâmica. É tão certa a subida quanto a descida. Cada momento tem sua beleza. No prazer nós nos expandimos e na dor nos contraímos. Um movimento é complementar ao outro. Saber apreciar a alegria e a dor constitui a base da felicidade. Você não pode ser feliz somente quando tem prazer, pois perderá o maior aprendizado da existência. Você deve descobrir um jeito de ser feliz na experiência dolorida porque ela carrega a oportunidade de desenvolvimento.
À medida que a mestra falava, meu queixo caía. Como ela tinha atingido tanta sabedoria? Por que eu não havia chegado antes àquelas conclusões? Será que, finalmente, iria conhecer o segredo da felicidade? E ela continuava a me ensinar: - Não desfrute somente o sol, aprecie também a lua. Não desfrute somente a calmaria, aproveite a tempestade. Tudo isso enriquece a existência. A vida não acontece somente dentro de uma casa, de uma cidade, de um país: ela tem de ser experimentada dentro do universo. A felicidade é um jeito de viver, é uma conduta, é uma maneira de estar agradecido ao sol, à lua, a quem lhe estende a mão e também a quem o abandona, pois certamente nesse abandono está a possibilidade de você descobrir a força que existe em seu interior. A felicidade não é o que as pessoas têm, mas o que elas fazem com isso. Por esse motivo há pessoas que, apesar de ter bens materiais, de ser bem relacionadas, com filhos saudáveis, ainda assim se sentem angustiadas e deprimidas.
Encantado com suas palavras, consegui apenas balbuciar antes de sair: - Obrigado, mestra! No caminho de volta, fiquei pensando: 'A felicidade não é o que acontece na vida, mas como nós elaboramos esses acontecimentos. A diferença entre o sábio e o ignorante é que o primeiro sabe aproveitar suas dificuldades para evoluir, enquanto o segundo se sente vítima de seus problemas.
A felicidade é uma experiência ligada à sabedoria.
Qualquer estúpido pode ser infeliz. Não é necessário alguém especial para ver problemas em qualquer coisa, a qualquer hora. Aliás, há pessoas que não desperdiçam uma oportunidade de sofrer. Mas saber transformar pequenos acontecimentos em fonte de alegria é habilidade de poucos. Quando o discípulo está preparado, o mestre sempre aparece - seja como uma mulher francesa, seja na forma do pai, de um colega de trabalho, de um animal de estimação, de uma criança caminhando na relva. Isso acontece quando se está aberto a todas as lições da vida, e é a forma de se graduar na escola da existência.
Fonte site : sintoniasaintgermain.com.br
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Esta é a famosa e magnífica descrição dos milagrosos poderes de Kuan Yin, é o vigésimo quinto capítulo do Sutra de Lótus, o P'u Mên, como é conhecido, e é recitado muitas vezes, todos os dias por seus devotos budistas. Eu o tenho dos ensinamentos da Yoga da Compaixão sem nome do autor dessa versão traduzida, por isso não há citação de autoria. Devemos ao menos ler de vez em quando essa maravilhosa alternativa para preenchermos nossos corpos de Amor .
É uma complementação do Sutra do Coração. Se você recitar esse trecho em momentos de aflição sentirá imediatamente o alívio da angústia e a certeza de que Budha Kuan Yin estará protegendo e auxiliando na eliminação do sofrimento. Faça a recitação com fé...com a alma e coração totalmente receptivos...repita quantas vezes sentir necessidade, faça como prática diária antes de iniciar os afazeres de seu dia...é um excelente refúgio para a alma...é uma bênção de amor de Kuan Yin. Namo Kuan Shih Yin Pu Sa Rose Colaneri
"Namo Budhaya, Namo Dharmaya, Namo Sanghaya" Nobre Soberano do Mundo Perfeito, Rogo-lhe que agora manifeste O motivo de ser chamada Kuan Shih Yin Esta sagrada Bodhisatva A isto o Ser Perfeito replicou Proferindo esta canção: * * *
Os ecos de seus feitos sagrados Ressoam pelo mundo todo Tão vastos e profundos os seus votos Quando, após incontáveis eternidades A serviço de multidões de Perfeitos, Ela anunciou seu puro desejo(De libertar os seres aflitos).
* * *
Agora ouça atentamente o que aconteceu: Ouvir o seu nome ou ver a sua forma, Ou recitar fervorosamente o seu nome, Liberta os seres de toda aflição.
* * *
Se para o interior de uma fornalha ardente Você fosse empurrado para morrer; Um pensamento sobre o poder protetor de Kuan Yin Transformaria em água as chamas!
* * *
Se você estivesse sem rumo sobre o mar, Com dragões e demônios à sua volta; Um pensamento sobre o poder protetor de Kuan Yin Pouparia você das ondas famintas!
* * *
Suponha que algum inimigo o empurrasse Para baixo do Monte Sumeru; Um pensamento sobre o poder protetor de Kuan Yin E, como o sol, você pairaria no espaço.
* * *
Fosse você perseguido por homens maus E esmagado contra a Montanha de Ferro: Um pensamento sobre o poder protetor de Kuan Yin E nem um fio de seu cabelo seria magoado
* * *
Se você estivesse em meio a um bando de ladrões Com facas cruéis erguidas para matar: Um pensamento sobre o poder protetor de Kuan Yin E a piedade conteria os seus golpes
* * *
Suponha que o Rei esteja irado com você, A espada do capataz erguida para ferir: Um pensamento sobre o poder protetor de Kuan Yin Partiria a espada em pedaços.
* * *
Estivesse você confinado pelos muros de uma prisão, Pulsos e tornozelos presos por correntes: Um pensamento sobre o poder protetor de Kuan Yin Instantaneamente provocaria alívio.
* * *
Se você absorvesse um gole fatal E agora estivesse a ponto de morrer: Um pensamento sobre o poder protetor de Kuan Yin Anularia o efeito do veneno.
* * *
Se você fosse cercado por maus espíritos raksa, Dragões perniciosos, ou a algaravia dos demônios: Um pensamento sobre o poder protetor de Kuan Yin E ninguém ousaria ofendê-lo.
* * *
Se bestas selvagens o pressionassem Com presas medonhas, garras ferozes: Um pensamento sobre o poder protetor de Kuan Yin Fá-las-ia correr desnorteadas.
* * *
Se serpentes cruzassem o seu caminho Exalando fumaça nociva e chamas: Um pensamento sobre o poder protetor de Kuan Yin Fá-las-ia desaparecer tão rápido como o som.
* * *
Se o trovão ribombasse e o raio faiscasse, Ou chuvas terríveis caíssem sibilando: Um pensamento sobre o poder protetor de Kuan Yin Imediatamente aquietara a tempestade.
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Embora os seres oprimidos por aflições cármicas Suportem inumeráveis sofrimentos: A milagrosa percepção de Kuan Yin Capacita-a a expiá-los, todos.
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Imbuída de poder sobrenatural E sábia na utilização dos recursos: Em cada canto do mundo Ela manifesta suas incontáveis formas.
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Sejam quais forem as nuvens negras acumuladas, Os demônios gerados no inferno, as bestas selvagens: Os males do nascimento, idade, doença, morte, Kuan Yin os destruirá, um a um.
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Verdadeira Kuan Yin! Pura Kuan Yin! Imensuravelmente sábia Kuan Yin ! Misericordiosa e cheia de piedade, Sempre esperada e venerada!
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Ó Esplendor imaculado e radiante! Ó Sol da Sabedoria que afasta as trevas! Ó Vencedora da tempestade e das chamas! Sua glória ocupa o mundo!
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Sua piedade é um escudo contra o raio, Sua compaixão forma uma nuvem magnífica Que, enviando o néctar do Dharma em forma de chuva, Extingue as chamas do infortúnio.
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Àqueles enredados no litígio Ou que tremem no meio de multidões, Ali irá o pensamento do poder de Kuan Yin E todo o ódio será dispersado.
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O som misterioso do nome de Kuan Yin É sagrado como o estrondo do oceano: Sem par, no mundo! Portanto, devemos dizê-lo sempre.
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Recorra a ele, nunca duvide, Kuan Shih Yin: som puro e sagrado; Para os que se encontram tomados de pânico, É um apoio que nunca vacila.
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À perfeição de seus méritos, À compaixão de seu olhar, À infinitude de suas bênçãos, Com adoração, curvamos nossas cabeças!
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Copie com amor, preserve o nome do autor.Leis dos direitos autorais 9610/98 violá-la é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal Brasileiro
Abaixo coloco uma tradução livre que fiz do site de Pedro Engel. Em minhas práticas espirituais, utilizo dessas invocações-saudações como uma forma de agradecimento, finalização após efetuar mantras ou mesmo para finalizar pedidos feitos à Budha Kuan Yin. Na verdade como você vai utilizar essas saudações não importa desde que você as faça com muito respeito, em estado meditativo pois estará emitindo o nome sagrado de Kuan Yin e basta uma simples invocação de seu nome para que Ela se apresente e ouça seus pedidos, preces ou sua gratidão...
Que as bênçãos do Budha compassivo estejam sempre presentes em sua vida e na minha!
Rose Colaneri
108 GLÓRIAS DA DEUSA KUAN YIN REVELADAS PELO MESTRE DEVADIP SALVE KUAN YIN 1. SALVE KUAN SHIH YIN PU SA 2. Salve Refúgio dos Seres Sencientes 3. Salve a Jóia que preenche os desejos 4. Salve a alegria das que querem ser mães 5. Salve a redentora de nosso carma 6. Salve a que nos libera da desgraça 7. Salve a fonte de saúde 8. Salve a Amada 9. Salve a Misericordiosa 10. Salve a que aumenta o amor 11. Salve a que é bênção eterna 12. Salve a que elimina o medo e a angústia 13. Salve a que acolhe todos que buscam seu refúgio 14. Salve a que cuida de seus devotos 15. Salve a Fonte de amor 16. Salve a plena de atributos auspiciosos 17. Salve a quem nada é impossível 18. Salve a beleza personificada 19. Salve a dos belos olhos 20. Salve a que é fácil de encontrar 21. Salve a que ajuda os abandonados 22. Salve a que cujo nome purifica ao ser ouvido 23. Salve pureza imaculada 24. Salve cujos votos são libertação para seus devotos 25. Salve a possuidora da glória divina 26. Salve a que ama seus devotos 27. Salve a que destrói as dores dos que buscam sua ajuda 28. Salve a que nos libera da roda do samsara 29. Salve a que cujo rosto olha para todas as partes 30. Salve a que é digna de toda veneração 31. Salve a encarnação da verdade 32. Salve a personificação da virtude eterna 33. Salve Senhora da Paz 34. Salve a que é majestade e glória 35. Salve a que é nossa Mãe Protetora 36. Salve a que não tem defeitos 37. Salve a plena de poderes milagrosos 38. Salve a que veste roupas de glória 39. Salve a alegria no coração dos devotos 40. Salve a encarnação da pureza 41. Salve a que cuja glória transcende todos os mundos 42. Salve a que brilha na mente de seus devotos 43. Salve a que mora no coração de seus fiéis 44. Salve a que é fácil de nos compreender 45. Salve a que está mais além de todas as religiões 46. Salve a frutificadora da Terra 47. Salve refúgio dos que dependem dos elementos 48. Salve a que reina nos mares do sul 49. Salve a de 33 manifestações 50. Salve a que reside nas terras de Amitabha 51. Salve a que habita em Pu Tuo Shan 52. Salve a que joga água benta sobre o mundo 53. Salve a que produz colheitas abundantes 54. Salve a quem surgem fontes de água pura 55. Salve a que deu seus olhos e seus braços 56. Salve a quem os seres celestiais se elevam no céu 57. Salve a solitária moradora da pagoda da colina 58. Salve a que surge no meio da flor de lótus 59. Salve a que possui a pérola que fornece todos os dons 60. Salve a que tem o rosto doce 61. Salve a que é porto seguro 62. Salve a que é porta larga 63. Salve a que é coroada de luz 64. Salve a que ascendeu entre os mestres 65. Salve a que é levada por dragões 66. Salve a que é firme em seus votos 67. Salve a que é suporte dos caídos 68. Salve a mãe dos 10.000 nomes 69. Salve a digna de toda adoração 70. Salve a benfeitora de todos que a imploram 71. Salve a senhora celestial 72. Salve a que nutriu os campos de arroz 73. Salve a que colocou a rocha para proteger seus fiéis 74. Salve a luz segura dos extraviados 75. Salve a doadora de vida dos ventres estéreis 76. Salve a capitã do barco da salvação 77. Salve a que é plena como a lua cheia 78. Salve a que é caminho venturoso e feliz 79. Salve a que é frutificação e sustentação da terra 80. Salve a que é limpeza e saúde da água 81. Salve a que é energia e luz do fogo 82. Salve a que é aroma e frescor do ar 83. Salve a que sempre está desperta 84. Salve a Mãe de todas as mães 85. Salve a Deusa do Tao 86. Salve a Bodhisattva 87. Salve a Deusa vinda do oriente 88. Salve a que é consciência de compaixão 89. Salve a que é misericórdia inesgotável 90. Salve a que cujo poder rompe nossas correntes 91. Salve a que abençoa a renúncia voluntária 92. Salve a que é o laço de amor entre os apaixonados 93. Salve a que é verdade mística 94. Salve a que é essência da formosura 95. Salve a que veio ao ocidente com seus fiéis emigrantes 96. Salve a que cujo amor nunca falta 97. Salve a que é a fala transcendental 98. Salve a que é ornamento da alma pura 99. Salve a que transforma pranto em riso 100. Salve a que transforma os gemidos em música 101. Salve a que coloca paz no desespero 102. Salve a que resplandece na escuridão 103. Salve a que recupera o perdido 104. Salve a que cura o desanuviado 105. Salve a Senhora da Chama Violeta 106. Salve a que é minha amada Deusa 107. Salve a que, cujos pés de lótus me prosto 108. SALVE KUAN YIN PU SA, A QUE OUVE O PRANTO DO MUNDO Copie com amor, preserve o nome do autor.Leis dos direitos autorais 9610/98 violá-la é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal Brasileiro
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Só os infelizes tem tempo para perseguir as pessoas...nao tem vida própria, vive a vida do outro 24 hrs por dia...inveja é doença fatal da alma, desejar algo para os outros tem efeito bumerangue...pq volta com mais forca para vc! O que prefere sentir? A cama é sua...inevitavelmente dormira nela do jeito que a arrumou! Quem é infeliz e sombrio,persegue quem tem luz propria, vive nas trevas, mas nao consegue atingir...o que consegue, na verdade, é ser cada vez mais infeliz!!
Amor para os corações endurecidos e egoístas!
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